DGS estima abrandamento das medidas contra a covid-19 na primavera

Agência Lusa , BMA
2 mar 2022, 16:42
Pandemia da covid-19 (Getty Images)

Portugal faz parte dos países que estando ainda com uma atividade intensa da doença, mas está com todos os seus indicadores com uma tendência decrescente, disse Graça Freitas

A diretora-geral da Saúde estimou esta quarta-feira que a situação epidemiológica da covid-19 melhore na primavera, possibilitando um abrandamento das medidas de combate à pandemia em Portugal.

Apesar de não apontar uma data concreta, Graça Freitas disse, em entrevista à agência Lusa, que o número de casos de covid-19 continua a diminuir, bem como o número de internamentos e de óbitos.

“Temos a expectativa positiva de que no início de abril ou final de março” se desça o patamar estabelecido pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doença de passar para menos de 20 mortes por milhão de habitantes a 14 dias.

“E, portanto, continuamos a acompanhar a evolução da mortalidade. Obviamente não sabemos dizer o dia exato em que isso vai acontecer, mas temos uma expectativa positiva”, salientou na entrevista a propósito dos dois anos de pandemia em Portugal, assinalados quarta-feira.

Graça Freitas adiantou que Portugal faz parte dos países que, estando ainda com uma atividade intensa da doença, está com todos os seus indicadores com uma tendência decrescente.

“Isso dá-nos confiança de que na primavera teremos uma situação epidemiológica mais favorável do que temos agora e, portanto, possibilitando eventualmente novos abrandamentos das medidas que estamos a tomar”, explicou.

Sobre o relatório da situação epidemiológica da covid-19 da DGS deixar de ser diário, Graça Freitas disse que o processo está em transição.

“Nós produzimos semanalmente 10 documentos diferentes para finalidades diferentes e aquele que é mais conhecido é o chamado boletim diário”, mas “estamos a trabalhar com a tutela no sentido de criar um novo boletim”, anunciou.

Segundo Graça Freitas, o boletim terá outras indicações que permitem acompanhar “com transparência, como sempre, a epidemia, mas sem ser numa base diária”.

“Aquilo que interessa dizer é que o sistema está montado com uma série de sensores que nos vão permitir acompanhar ao dia e à hora mudanças que ocorram na dinâmica do vírus e na transmissão da doença e da sua gravidade”, disse.

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