Cristina Rodrigues não se via a “saltitar” entre partidos. Agora vai trabalhar para o Chega

23 mar 2022, 20:06

A deputada não inscrita insiste que a relação com o partido de André Ventura é meramente “profissional”, não estando inscrita como militante. A advogada separou-se do PAN e diz não encontrar um partido, no panorama atual, que lhe sirva de casa

“Neste momento, a vida política fica mesmo adormecida. Não consigo, para já, estar a associar-me imediatamente, no sentido de me tornar militante, a nenhum partido. Não excluo isso no futuro, mas para já não tenho intenções de o fazer”. As palavras são de Cristina Rodrigues, deputada não inscrita, numa entrevista gravada com a CNN Portugal a 18 de fevereiro, para fazer o balanço da legislatura e contar como seria a nova vida depois da passagem pelo Parlamento - um trabalho que será publicado no próximo domingo.

Naqueles corredores, primeiro foi chefe de gabinete de André Silva, depois deputada do PAN, eleita pelo círculo de Setúbal, antes de se separar do partido. Agora, Cristina Rodrigues vai trabalhar para outro André, o Ventura, presidente do Chega. A advogada confirmou à CNN Portugal que vai ser assessora parlamentar do partido. Mas assegura que a “relação é profissional”.

Na entrevista dada no Salão Nobre do Parlamento, Cristina Rodrigues dizia não haver, no atual panorama político, um partido que a pudesse acolher. “Pois, por isso é que não o consigo fazer neste momento. É algo que deve ser pensado com mais calma, tranquilidade, até porque não sou muito apologista da pessoa andar a saltitar”.

Cerca de um mês depois, e perante este anúncio, insiste que não mudou de posição. “Nada mudou na medida em que vou ser assessora parlamentar do Chega, não me filiei [enquanto militante]”, responde por mensagem de texto à CNN Portugal.

Uma das bandeiras de Cristina Rodrigues, enquanto deputada, foi a defesa da igualdade de direitos para as mulheres. Por isso, era conhecida como a “deputada ativista”. Numa publicação no Twitter, explicou que lhe foi “assegurada a possibilidade”, nesta nova função, “de trabalhar certos temas” que considera “prioritários”.

Sobre o futuro, na referida entrevista, Cristina Rodrigues dizia-se focada no doutoramento em Ciências Jurídico-Criminais que está a tirar, a par do comentário político na televisão.

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