Abel e a derrota na Libertadores: «Todos os guerreiros têm cicatrizes»

7 set 2022, 10:00
Abel Ferreira (EPA/Yuri Edmundo)

Técnico do Palmeiras criticou a atuação do árbitro e falou sobre Scolari, treinador do Ath. Paranaense

No rescaldo da eliminação nas meias-finais da Taça Libertadores, frente ao Ath. Paranaense, Abel assumiu que este desaire vai deixar marcas na equipa do Palmeiras.

Na conferência de imprensa pós-jogo, o técnico português criticou ainda a atuação do árbitro, apesar de reconhecer, no entanto, que a expulsão de Murilo Cerqueira, em cima do intervalo, foi justa.

«É um golpe. Vai testar a nossa resiliência pela forma que foi. É duro, mas já levamos pancadas. Saímos da Taça do Brasil da forma que foi e agora temos de seguir nosso caminho. Não há outra forma. Mais uma vez dar os parabéns nosso adversário, foi competente e foi feliz no segundo golo», afirmou, citado pelo Globoesporte.

«Gostava que o árbitro fosse ali dentro ao balneário falar com meus jogadores, só isso. Se o VAR viu o mesmo que eu vi, é a primeira vez na história que vi um amarelo para uma agressão. Mas não vou me alongar sobre isso. Nunca vi amarelo por agressão. A nossa expulsão acho justa, já os critérios... o sentimento é de revolta. É o que sentimos», acrescentou.

Mais à frente, Abel assumiu que este resultado vai deixar «cicatrizes» nos seus jogadores: «Todos os guerreiros têm cicatrizes. Esta vai ser uma. E temos este ano duas muito profundas, as que vêm pelas costas doem mais. Mas felizmente temos um bom departamento médico, que cura nossas feridas.»

«Vamos fazer isso com todas as nossas forças, com toda a nossa confiança, porque os nossos jogadores têm uma coisa. Vão lembrar para a eternidade. Eles têm confiança uns nos outros, respeito entre eles e amizade entre eles. Isto, para mim, é amor. E hoje não merecíamos ser traídos da forma que fomos. Hoje fomos traídos, pelas costas», prosseguiu.

O treinador luso deixou ainda uma mensagem a Scolari, técnico do Paranaense.

«O sentimento é de carinho e gratidão. De facto é um exemplo para todos nós. No ano passado estava no Grémio, este ano vai disputar a final da Libertadores. Que desfrute, pense bem no que quer fazer. Hoje na competência deles fizeram o que era preciso. Foi e vai continuar a ser uma honra poder enfrentá-lo. Já vi porque ganhou tantos títulos aqui no Brasil», concluiu.

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