Princesa Amalia dos Países Baixos "mal pode sair de casa" devido a "ameaças muito graves"

CNN Portugal , FMC
14 out 2022, 22:34
Princesa Amalia dos Países Baixos "mal pode sair de casa" devido a "ameaças muito graves" (Peter Dejong/ Associated Press)

Meios de comunicação já tinham noticiado há semanas que líderes da máfia tinham como objetivo sequestrar e ameaçar a herdeira ao trono

A princesa Catharina-Amalia, herdeira ao trono dos Países Baixos, está a ser alvo de "ameaças muito graves", o que levou ao regresso à residência real em prol da sua segurança.  

A princesa começou em setembro o curso em política e economia na Universidade de Amsterdão, o que levou a que se mudasse para lá. Contudo, e como foi avançado pelos reis e seus pais esta quinta-feira, teve de regressar para o Palácio de Huis ten Bosch, em Haia, devido a ameaças de que foi alvo. No palácio a segurança é reforçada. 

"Ela mal pode sair de casa", lamentou a mãe, a rainha Máxima, numa visita de Estado à Suécia, noticiou a agência neerlandesa ANP, citada pela CNN.  

O quotidiano da princesa cinge-se agora a permanecer maioritariamente no lar, saindo apenas para frequentar as aulas. 

“Estas consequências são muito difíceis para ela. Para ela não há uma vida estudantil como têm os outros estudantes. Estou muito orgulhosa dela e de como continua” os estudos, acrescentou a rainha.  

Apesar de a confirmação de que a princesa é alvo de sérias intimidações só ter sido feita  agora, em setembro já corriam rumores na imprensa neerlandesa de que essas ameaças tinham obrigado ao reforço da segurança - tanto de Amalia como do primeiro-ministro, Mark Rutte, por estarem na mira de grupos de crime organizado. Segundo foi noticiado na altura, os nomes de ambos tinham sido detetados em mensagens intercetadas pela polícia.  

Após o anúncio da família real, o primeiro-ministro e a ministra da Justiça dos Países Baixos corroboraram o sucedido, evidenciado que as autoridades estão a trabalhar incansavelmente "de noite e dia" para garantir a segurança da princesa, avançou o jornal El Mundo.  

Os governantes recusaram-se a detalhar o teor das ameaças. Meios de comunicação local já tinham divulgado, também em setembro, que líderes da máfia pretendiam sequestrar e atacar tanto a princesa como o líder do executivo.  

A ministra da Justiça admitiu, ainda assim, que no submundo do crime organizado verificavam-se ameaças "muito graves" contra políticos, figuras públicas e jornalistas dos Países Baixos. 

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