"Um problema" criado "sem pareceres das entidades competentes": PS exige retirada "urgente" dos painéis publicitários

11 set 2024, 18:07
Painéis publicitários de grande formato gif (Tiago Donato)

Após apresentação de proposta na Câmara, PS emitiu um comunicado com várias críticas à gestão do executivo autárquico liderado por Carlos Moedas e exige que "sejam solicitados com a máxima urgência todos os pareceres indispensáveis para a colocação destes painéis publicitários"

Depois de ter apresentado na Câmara Municipal de Lisboa (CML), a proposta contra os novos painéis publicitários digitais de grande formato, a que a CNN Portugal teve acesso, os socialistas emitiram um comunicado intitulado: "PS exige a retirada de publicidade que afete a segurança e o descanso em Lisboa". 

Os vereadores dizem que "ficou hoje claro" que "o executivo de Carlos Moedas aprovou a colocação dos painéis publicitários de grandes dimensões, em áreas sensíveis da cidade, sem ter pedido parecer ou avaliação às entidades competentes na área da segurança rodoviária".

O gabinete dos vereadores do PS na CML assegura que o executivo autárquico de Carlos Moedas "não acautelou os interesses da cidade, nem cuidou de proteger, como é sua obrigação, a segurança rodoviária, segurança pedonal e o descanso dos lisboetas" e, como tal, exige que "sejam solicitados com a máxima urgência todos os pareceres indispensáveis para a colocação destes painéis publicitários".

Após as recomendações terem sido obtidas, o PS quer então que "sejam reavaliadas as condições em que as localizações dos mesmos foram permitidas, retirando todos os que comprometam a segurança ou o descanso na cidade".

À luz da polémica em tornos dos novos ecrãs publicitários dos últimos dias, o PS diz que foi com "perplexidade" que assistiu "às declarações de Carlos Moedas a 'sacudir água do capote'" e a culpar “o PS pelo problema criado em Lisboa". Os socialistas revelam agora que "há vasta comunicação interna que atesta que essas autorizações foram efetivamente dadas pelos serviços camarários entre dezembro de 2023 e junho de 2024". 

Os vereadores do PS classificam como "lamentável" que tenham sido "concedidas autorizações sem a adequada avaliação dos impactos ao nível da segurança". "Algo que o executivo de Moedas anunciou que só agora vai fazer", garantem.

"É urgente que a atual gestão da CML possa reverter decisões quanto a localizações problemáticas, evitando futuros danos e prejuízos a Lisboa e aos lisboetas", culmina o comunicado.

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