Para Habeck, a reforma do travão da dívida, prevista na Constituição, que Os Verdes reclamam há muito tempo, deveria começar antes das novas eleições para o Bundestag (Parlamento), previstas para 23 de fevereiro.
O partido alemão Os Verdes nomeou o ministro da Economia e vice-chanceler Robert Habeck como candidato a chanceler, nas eleições de fevereiro, depois de ter obtido uma larga maioria no congresso do partido.
Habeck conseguiu este domingo o apoio de 96,48% dos delegados num congresso do partido em Wiesbaden e foi assim escolhido para se apresentar às eleições de 23 de fevereiro.
O vice-chanceler obteve também o apoio explícito da antiga candidata a chanceler nas eleições anteriores, a atual ministra dos Negócios Estrangeiros, Annalena Baerbock, com quem partilhou em tempos a presidência do partido.
“Ninguém consegue virar o leme no meio de uma tempestade como Robert Habeck e, ao mesmo tempo, ajustar as velas corretamente quando o vento está a soprar nas suas costas”, disse a ministra.
No seu discurso, citado pela Europa Press, Habeck alertou também para a repetição na Alemanha da chamada Grande Coligação, o Governo conjunto dos sociais-democratas (SPD) com os conservadores da aliança CDU/CSU.
Entre os problemas que pretende abordar com Os Verdes estão a baixa taxa de emprego das mães e as regras ainda demasiado restritivas do direito de permanência dos requerentes de asilo rejeitados e que estão dispostos a trabalhar.
Para Habeck, a reforma do travão da dívida, prevista na Constituição, que Os Verdes reclamam há muito tempo, deveria começar antes das novas eleições para o Bundestag (Parlamento), previstas para 23 de fevereiro.
Além disso, prometeu preços de eletricidade favoráveis e anunciou que, se Os Verdes voltarem ao Governo, contrairá empréstimos para projetos de infraestruturas urgentes.
“Não sou a favor do endividamento, só quero que o trabalho seja feito”, disse aos mais de 800 delegados presentes, que aplaudiram estrondosamente o seu discurso de quase uma hora, especialmente quando falou de impostos mais elevados para os ‘super-ricos’ e da eliminação das lacunas fiscais.