Administradores hospitalares reagem ao Orçamento do Estado para a Saúde em 2026 e prometem trabalhar “para o melhor resultado possível”
Os administradores hospitalares consideram que a dotação orçamental para o setor da Saúde “parece ser pouco”, até porque estão em curso negociações com várias profissões do setor. Xavier Barreto, presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), em declarações à CNN Portugal, mostra-se reticente em relação aos cortes para a compra de bens e serviços por parte das Unidades Locais de Saúde (ULS), que vão ter de apertar o cinto na contratação de tarefeiros e compra de medicamentos, por exemplo.
“Reduzir compras de bens e serviços, num contexto em que o SNS vai ter de aumentar a sua resposta aos cidadãos, parece ser uma previsão muito otimista. Reduzir custos operacionais, em bens e serviços, num contexto de aumento da atividade, será um exercício muito exigente. Oxalá, se concretize e estou certo de que os administradores hospitalares trabalharão para o melhor resultado possível”, diz Xavier Barreto, sublinhando que “as medidas estão descritas de forma sumária e teremos de perceber melhor o seu impacto”.
O responsável considera que “a redução nos tarefeiros é possível e necessária”, mas reforça que a medida tem de vir acompanhada pela contratação de médicos com vínculos às ULS: “Todos estes tarefeiros fazem falta e devem contratados pelas ULS”.
Xavier Barreto prefere analisar melhor as medidas que implicam a redução da compra de medicamentos e dispositivos médicos e considera que “dizer que se vai rever o regime de comparticipação de medicamentos em ambulatório, não permite saber com detalhe o que se vai efetivamente fazer”.