Operação Influencer: procuradores ainda não abriram material apreendido

CNN Portugal , DCT
22 nov, 06:52
António Costa na apresentação de cumprimentos de despedida às Forças Armadas (RODRIGO ANTUNES/LUSA)

REVISTA DE IMPRENSA || Um ano depois das buscas feitas em São Bento, o Ministério Público ainda não acedeu aos documentos e mensagens de correio eletrónico

O material que foi apreendido a 7 de novembro do ano passado na Morais Leitão ainda não foi analisado pelos procuradores que investigam a Operação Influencer. Estão, por isso, por analisar uma série de documentos e e-mails trocados

Segundo avança o jornal Expresso na edição desta semana, o material em causa - apreendido na sociedade de advogados onde são sócios o antigo secretário de Estado João Tiago Silveira e Rui Oliveira Neves, ex-administrador da Start Campus, ambos arguidos neste processo - podem implicar António Costa, que, segundo a Procuradoria-Geral da República continua sob investigação

A possível implicação do antigo primeiro-ministro prende-se com o facto de haver uma escuta a João Tiago Silveira onde o próprio revela que esteve “com o Costa”, que os procuradores crêem ser António Costa. Esse mesmo Costa é referido uma segunda vez nessa escuta, onde se diz que “o gajo está completamente entusiasmado”. Em causa pode estar uma ajuda à Start Campus no licenciamento do seu centro de dados em Sines, com a aprovação do Simplex no Conselho de Ministros de 19 de outubro de 2023.

Este ‘atraso’ de pouco mais de um ano explica-se, em parte, com o facto de ser necessário fazer um requerimento ao juiz de instrução e da consulta do material ter de ser feita na presença desse mesmo juiz e dos arguidos - que neste caso têm de estar presentes por serem advogados, profissão que lhes dá proteção por regime próprio de confidencialidade, como explica o semanário.

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