Detidos três jovens de 16 anos suspeitos de agredir imigrante em Olhão: eram os "mais violentos" do grupo

Henrique Machado , notícia atualizada às 13:02
13 fev 2023, 08:57

Operação foi levada a cabo pela PSP ao início da manhã desta segunda-feira

Foram detidos os suspeitos das agressões a um imigrante em Olhão. A operação foi levada a cabo pela PSP durante a manhã desta segunda-feira, tendo sido detidos três jovens de 16 anos e identificados um total de 11 (oito rapazes e três raparigas), todos estudantes e residentes naquela localidade.

Os três detidos são considerados "os mais ativos e violentos" do grupo. 

O grupo é suspeito de ter agredido o imigrante nepalês em 25 de janeiro, tendo o caso sido conhecido após a partilha de um vídeo nas redes sociais, onde o imigrante surge caído no chão, em posição defensiva, a tentar proteger-se de pontapés, murros e pauladas desferidos pelos agressores, cujos rostos não são bem visíveis, por estarem com capuzes.

As agressões ao imigrante estavam a ser investigadas pela PSP e o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, disse no sábado que tinha sido identificado “um núcleo de pessoas que estavam nesse grupo que agrediu de forma bárbara” o cidadão, adiantando que a PSP está a realizar diligências em conjunto com o Ministério Público para reunir informação que permita responsabilizar os autores da agressão.

Além das reiteradas agressões, o grupo também roubou a mochila da vítima, que não apresentou queixa, enquanto esta suplicava para que parassem de o agredir e lhe devolvessem, pelo menos, os documentos que guardava na mochila.

“Foi possível relacionar o grupo com oito ocorrências, cinco por roubos e três de agressões, só no mês de janeiro”, sublinhou o comandante distrital da PSP de Faro, Dário Prates, em conferência de imprensa, acrescentado que a operação policial de hoje visou “a recolha de prova através da realização de seis buscas domiciliárias”, bem como a detenção de três dos jovens mais ativos, com vista à sua apresentação ao tribunal.

Segundo o comandante distrital daquela força de segurança, a PSP visualizou mais de 20.000 vídeos, bem como centenas de horas de imagens recolhidas pelas câmaras do circuito de videovigilância instaladas na cidade de Olhão, imagens que se revelaram “essenciais para a investigação”, tendo também sido ouvidas várias testemunhas.

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