Olaf Scholz que acabar com a unanimidade nas decisões sobre política externa e política fiscal na União Europeia

Agência Lusa , CE
15 out 2022, 15:20
Olaf Scholz na Cimeira da NATO em Madrid (AP Photo/Paul White)

Atualmente, muitas das decisões só podem ser tomadas se todos os países as votarem com unanimidade

O chanceler alemão, Olaf Scholz, pediu este sábado, em Berlim, reformas na União Europeia (UE), de forma a torná-la preparada para a admissão de mais países, bem como mais autonomia militar para o bloco de 27 Estados-membros.

Falando no congresso do Partido Socialista Europeu (PSE), em Berlim, citado pela Associated Press (AP), Scholz defendeu a abolição gradual do princípio da unanimidade para decisões sobre política externa, mas também noutras áreas, como a política fiscal.

"Sei que ainda temos muito convencimento a fazer aí", reconheceu, defendendo "claramente" que há uma aspiração de uma "Europa geopolítica", então "as decisões por maioria são um ganho e não uma perda de soberania".

Atualmente, muitas das decisões da UE só podem ser tomadas se todos os países as votarem com unanimidade.

Olaf Scholz também defendeu mais autonomia militar da UE, pedindo a aquisição coordenada de armas e equipamento, o estabelecimento de uma força de reação rápida da UE em 2025, e uma sede da UE para as forças armadas europeias.

"Na Europa, precisamos de uma melhor interação entre os nossos esforços de defesa", afirmou, antecipando que "no futuro, a Europa precisará de um aumento de capacidade coordenado", advogando a necessidade de "confiantemente e juntamente avançar com a defesa europeia".

O Partido Socialista Europeu enviou hoje, a partir de Berlim, no congresso do seu 30.º aniversário, um apelo à coesão face aos grandes desafios, desde a guerra na Ucrânia à crise energética precipitada pelo conflito, bem como ao "despertar" da extrema-direita.

No congresso, o ex-primeiro-ministro sueco Stefan Lövfen, novo presidente do PSE, o chanceler alemão, Olaf Scholz, bem como o presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, e o primeiro-ministro português, António Costa, instaram a sua família política a ganhar as eleições europeias de 2024, de acordo com a agência Efe.

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