O Executivo tem como prioridades, no Orçamento do Estado para 2025, a digitalização do sistema educativo, potenciar a aprendizagem através de recursos educativos digitais e digitalizar a avaliação externa às escolas
O Governo tem previsto, no Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), um investimento de mais de 165 milhões de euros, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), para “promover a inovação educativa e pedagógica e desenvolver competências em tecnologias digitais” nas escolas.
“Este investimento inclui mais de 80 milhões de euros para garantir que todos os estabelecimentos de ensino tenham acesso equitativo a Internet de qualidade, facilitando o uso das novas tecnologias no dia a dia e a participação em projetos-piloto tecnológicos”, pode ler-se no Orçamento do Estado para 2025.
Além disso, “cerca de 82 milhões de euros serão alocados para potenciar a aprendizagem através de recursos educativos digitais”. A avaliação externa das aprendizagens – as conhecidas provas de aferição - será feita em formato digital, como estava previsto, e o Governo fala em “novo modelo de avaliação externa digital, com um investimento previsto de 7 milhões de euros para o desenvolvimento das provas e da correção”.
O dinheiro do PRR vai servir também para ajudar tornar mais eficiente a própria máquina dos serviços do Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI), com um “investimento de aproximadamente 32 milhões de euros” para “o desenvolvimento de uma plataforma integrada para todos os serviços do MECI, com o objetivo de aumentar a eficiência e promover a desburocratização”.
Verbas do Plano de Recuperação e Resiliência vão também ser canalizadas para o Ensino Profissional, com 480 milhões de euros a serem destinados para a construção de mais de 300 centros tecnológicos especializados (CTE), em todo o território nacional. “Estes CTE permitirão a formação de alunos em áreas como informática, digital, energias renováveis e indústria”, justifica o Executivo.
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O Orçamento do Estado para 2025 foi entregue esta quinta-feira à tarde no Parlamento e apresentado aos jornalistas cerca de uma hora e meia depois. Ainda não tem aprovação garantida na Assembleia da República, já que o Partido Socialista ainda não revelou o sentido de voto e se mantém em negociações com o Governo.