O primeiro-ministro garante que "existe margem" para negociar o Orçamento do Estado
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou esta quinta-feira que a proposta de Orçamento do Estado para 2025 não está fechada, "existe margem" para negociar, e prometeu que "essa margem será esgotada até ao limite".
Durante a inauguração das novas instalações do Consulado-Geral de Portugal em Nova Iorque, o chefe do Governo PSD/CDS-PP foi questionado pela comunicação social sobre se a proposta de Orçamento está fechada ou existe ainda margem para negociação.
"Existe margem e essa margem será esgotada até ao limite, para que o interesse nacional, o interesse das pessoas, o interesse do país possa sobrepor-se a qualquer outro", respondeu Luís Montenegro.
Por outro lado, interrogado sobre as medidas do Governo para apoiar quem foi afetado pelos incêndios da semana passada, o primeiro-ministro remeteu para a conferência de imprensa sobre as conclusões da reunião de hoje do Conselho de Ministros.
"Posso apenas, de uma forma muito global, dizer que o empenhamento do Governo em ser rápido, eficaz e, portanto, próximo do apoio às populações, para que elas possam recuperar as suas condições básicas, nomeadamente da habitação, aqueles que a perderam, de emprego, aqueles que têm a sua atividade profissional suspensa, e de recuperação de algum património perdido", declarou.
"Esse princípio global vai ser a essência e a base das medidas que vão ser apresentadas", acrescentou.
Sobre as negociações orçamentais, Luís Montenegro disse, na quarta-feira, em Nova Iorque, esperar que haja uma "aproximação de posições" na sua reunião com o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, que está marcada para sexta-feira.
Luís Montenegro manifestou-se empenhado "em dar a Portugal um Orçamento do Estado para 2025 e em não dar instabilidade política, social e económica ao país" e escusou-se a responder a mais perguntas sobre este assunto.
O primeiro-ministro chegou na terça-feira à noite aos Estados Unidos da América para participar na 79.ª sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em que irá discursar hoje à tarde, já de noite em Lisboa.