Orçamento aprovado, Medina regozija: "Hoje fecha-se o último capítulo da crise política - desnecessária e prejudicial"

27 mai 2022, 14:18

Medina apontou o dedo a quem chumbou a primeira versão do OE2022

Fernando Medina diz que a aprovação do Orçamento do Estado para 2022 fecha uma "crise política desnecessária e prejudicial". Na intervenção de encerramento da sessão no Parlamento, esta sexta-feira, Fernando Medina começou por assinalar os sete meses desde a rejeição do Orçamento para 2022 e apontou o dedo aos ex-parceiros que chumbaram a primeira versão, infligindo "profundas consequências": "Abriram uma crise política no pior momento possível”. "O país ficou sem Orçamento e sem Governo. Foi tempo perdido", lamentou o ministro.

Frisando que o país precisava deste documento com "urgência", Medina declarou que esta sexta-feira inicia-se uma nova fase da governação. "É tempo de recuperar o tempo perdido. É tempo de continuar a avançar", defendeu.

"Hoje fecha-se o último capítulo da crise política", insistiu. "Numa época de incerteza nos mercados externos, a melhor resposta para proteger o país é reforçar a credibilidade financeira que tão arduamente conquistamos", declarou ainda o ministro.

"O Orçamento sai melhor deste Parlamento", destacou também, elencando as propostas dos partidos da oposição que foram aprovadas. "Todos os que quiseram dialogar encontraram uma porta aberta. Prometemos uma maioria de diálogo, somos uma maioria de diálogo."

Os argumentos de Medina surgiram depois de nos discursos do encerramento vários partidos de oposição terem apontado críticas à falta de abertura da maioria dos socialistas para acomodar propostas de alteração e acusações de que a proposta aprovada pouco difere da que o Governo remeteu ao parlamento.

O governante frisou que faz hoje sete meses que as oposições “se uniram” para chumbar a proposta do OE2022, mas que ainda assim “a aprovação do Orçamento confirma que na procura das melhores soluções, a maioria é capaz de manter uma posição de diálogo e de cooperação”.

“Em primeiro lugar, mantivemos integralmente os acordos à esquerda, porque as soluções encontradas se mantêm relevantes e porque, ao contrário de alguns, não renegamos nem desvalorizamos o percurso feito nas anteriores legislaturas”, disse.

O titular das Finanças acrescentou que o “Orçamento sai melhor desta casa com a aprovação de mais de uma centena de iniciativas, a maioria das quais apresentadas pelos partidos da oposição”.

“Com a aprovação do Orçamento, abre-se um novo ciclo na ação do Governo”, disse, apontando quatro áreas consideradas prioritárias que terão desenvolvimentos muito em breve.

Em causa está, elencou, a promoção da Agenda do Trabalho Digno, avanços na mobilidade internacional de trabalhadores, para colmatar faltas de mão-de-obra na economia, avanços na simplificação de licenciamentos e aprovação no estatuto do Serviço Nacional de Saúde.

“Sobre a agenda do trabalho digno, implementaremos em breve o alargamento das compensações por cessão de contrato a termo, reforçaremos o combate à precariedade e implementaremos medidas de reforço da negociação coletiva”, vincou.

O ministro das Finanças reforçou, assim, que com o orçamento aprovado vai ser possível continuar “a reforçar os rendimentos dos que mais precisam”, dando como exemplo o aumento extraordinário que cerca de 2,3 milhões de pensionistas “receberão já em julho” com retroativos a janeiro.

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