RESUMO DE IMPRENSA || Novo local de trabalho de ambos não foi divulgado
A PSP transferiu de esquadra os dois polícias envolvidos na morte de Odair Moniz, baleado na Cova da Moura após uma perseguição, justificando a transferência por “razões de segurança”, avança o Expresso.
O agente que efetuou os disparos continua de baixa psiquiátrica e será transferido assim que regresse ao trabalho, enquanto o outro já foi realocado para outra unidade na Grande Lisboa.
Por segurança, o novo local de trabalho de ambos não foi divulgado.
A investigação da PJ e da IGAI permanece inconclusiva, embora a procuradora responsável já tenha solicitado o interrogatório do agente que efetuou os disparos.
O inquérito foi ordenado pela ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, que determinou que fosse feito “com caráter de urgente”.
Também a PSP tem a decorrer um inquérito interno que está a realizar-se “de forma independente do inquérito instaurado pela IGAI”.
Odair Moniz, cidadão cabo-verdiano de 43 anos e morador no Bairro do Zambujal, na Amadora, foi baleado por um agente da PSP na madrugada de 21 de outubro, no Bairro da Cova da Moura, no mesmo concelho, distrito de Lisboa, e morreu pouco depois, no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa.
De acordo com a versão oficial da PSP, o homem pôs-se “em fuga” de carro depois de ver uma viatura policial e despistou-se na Cova da Moura, onde, ao ser abordado pelos agentes, “terá resistido à detenção e tentado agredi-los com recurso a arma branca”.
A associação SOS Racismo e o movimento Vida Justa contestaram a versão policial e exigiram uma investigação “séria e isenta” para apurar responsabilidades, considerando que está em causa “uma cultura de impunidade” nas polícias.
Nessa semana registaram-se tumultos no Zambujal e noutros bairros da Área Metropolitana de Lisboa, onde foram queimados e vandalizados autocarros, automóveis e caixotes do lixo, somando-se cerca de duas dezenas de detidos e outros tantos suspeitos identificados.
