"Impactos graves e irreversíveis". OCDE alerta para os perigos de superar a meta de 1,5ºC

Agência Lusa , JGR
2 dez 2022, 19:23
OCDE (AP)

A OCDE, organização da qual Portugal é membro, defende que são necessárias "políticas adequadas" em "prazos relevantes" para atingir as "metas de mitigação"

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) alerta, num relatório esta sexta-feira divulgado, para os "impactos graves e irreversíveis" no ambiente se for ultrapassado o limite do aquecimento global de 1,5ºC, fixado pela comunidade internacional em 2015.

"Ultrapassar 1,5°C provavelmente pode levar a impactos graves e irreversíveis, que devem ser evitados, aumentando a urgência de reduzir drasticamente as emissões nesta década", refere o relatório "Pontos de Inflexão Climática - Conhecimento para Ações Políticas Eficazes".

O relatório, que passou em revista vários estudos científicos, destaca como "particularmente preocupante" o "provável colapso das camadas de gelo da Antártida Ocidental e da Gronelândia e o degelo abrupto do 'permafrost' [terreno permanentemente gelado] no Ártico", que podem levar à "subida adicional" do nível do mar e à libertação de mais gases com efeito de estufa para a atmosfera, agravando o aquecimento do planeta.

A OCDE, organização da qual Portugal é membro, defende que são necessárias "políticas adequadas" em "prazos relevantes" para atingir as "metas de mitigação", enfatizando que "as provas científicas atuais apoiam inequivocamente uma ação climática sem precedentes, urgente e ambiciosa para enfrentar os riscos de pontos críticos no sistema climático".

Tal significa, segundo a OCDE, que "é vital limitar o aumento da temperatura global a 1,5ºC, com pouca ou nenhuma superação desse limite", definido no Acordo de Paris, em 2015, sob pena de haver "custos económicos e éticos imensuráveis num futuro próximo".

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