Venda de ativos do Novo Banco sob suspeita. PJ junta vários inquéritos num só processo

30 out, 08:18
Novo Banco (Horacio Villalobos/Corbis via Getty Images)

REVISTA DE IMPRENSA || Em causa estão suspeitas de corrupção, burla qualificada e de branqueamento de capitais relacionadas com a venda de ativos do Novo Banco, desde o ano de 2018

O Ministério Público e a Polícia Judiciária juntaram vários inquéritos sobre negócios suspeitos do Novo Banco num único processo, que investiga indícios de corrupção, burla qualificada e branqueamento de capitais na venda de ativos desde 2018. De acordo com o jornal Público, a operação, coordenada pelo DCIAP e conduzida pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção, levou esta quarta-feira a dezenas de buscas em Lisboa, incluindo à sede do Novo Banco, à consultora KPMG, escritórios de advogados e empresas privadas.

A megaoperação, batizada de “Haircut”, ocorre no mesmo dia em que o Estado vendeu os 25% que ainda detinha no Novo Banco ao grupo francês BPCE, concluindo a saída da Lone Star. Entre os casos investigados está a venda da Herdade da Ferraria, em Sesimbra, que terá acabado nas mãos da mulher de um ex-diretor da instituição, num negócio alegadamente abaixo do valor real.

Os investigadores tentam apurar se a alienação de ativos problemáticos, feita com grandes descontos e perdas para o erário público, foi usada para beneficiar compradores ligados ao banco. Em causa podem estar práticas que custaram aos contribuintes milhares de milhões de euros desde o colapso do BES.

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