Administrador do Novo Banco alvo de buscas: autoridades investigam suspeitas de fraude, branqueamento e falsificação

CNN Portugal , HCL
7 jan, 15:31

Comunicado da Procuradoria-Geral da República dá conta de que foram ordenadas quatro buscas domiciliárias, uma busca em estabelecimento bancário e sete buscas não domiciliárias. Foram constituídos dois arguidos

A Procuradoria-Geral da República anunciou estar a conduzir buscas que têm como alvo o administrador do Novo Banco que foi esta terça-feira demitido após denúncias de “operações suspeitas”. Em comunicado, refere que poderão estar em causa crimes como fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e falsificação. 

De acordo com o mesmo documento, as buscas têm como objetivo a “identificação e apreensão de documentos e outros meios de prova de interesse para a descoberta da verdade”. Foram ainda constituídos dois arguidos. 

A PGR explica ainda que foram “ordenadas, em concreto, quatro buscas domiciliárias, uma busca em estabelecimento bancário e sete buscas não domiciliárias”. Participam nas buscas um magistrado do Ministério Público, um magistrado judicial, tal como vários elementos da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária”.

A operação decorre horas depois de o Novo Banco ter comunicado à CMVM que o administrador em causa, Carlos Brandão, foi afastado do cargo de membro do Conselho de Administração Executivo e Chief Risk Officer, com efeitos imediatos.

“Esta decisão foi tomada no seguimento da identificação, através de processos internos do Banco, de operações financeiras suspeitas realizadas na sua esfera pessoal, as quais deram origem a uma denúncia às autoridades”, lê-se no comunicado do banco. 

Nesse mesmo comunicado, o banco informa que "as operações em causa não estão relacionadas nem envolvem, de forma alguma, o Banco e, como tal, não têm qualquer impacto nos clientes, em contas ou operações de clientes, na posição financeira ou na atividade do Banco, nas suas operações comerciais, no sistema de gestão de riscos nem nos seus colaboradores".

O processo encontra-se em segredo de justiça.

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