Turismo seria "ainda melhor" se a questão do novo aeroporto estivesse resolvida "há já muitos anos", defende secretária de Estado

Agência Lusa , CE
26 set 2022, 17:17
Rita Marques, secretária de Estado do Turismo (Lusa/Tiago Petinga)

Questionada sobre a nova opção de Santarém, Rita Marques não quis comentar

A secretária de Estado do Turismo considerou esta segunda-feira que se o novo aeroporto fosse “situação resolvida há já muitos anos”, o setor seria, “provavelmente, ainda melhor motor para a economia nacional”, recusando comentar Santarém como possível localização.

“Nós precisamos de um aeroporto novo para resolver as limitações do aeroporto de Lisboa, porque se tivéssemos esta situação resolvida já há muitos anos, provavelmente, o turismo seria ainda maior, seria ainda melhor motor para a economia nacional”, defendeu a secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Rita Marques, em entrevista à Lusa, por ocasião do Dia Mundial do Turismo, que se assinala esta terça-feira, dia 27 de setembro.

A governante recusou, no entanto, comentar a inclusão de Santarém na lista de possíveis localizações que serão analisadas, depois de um acordo entre o Governo e o PSD, sobre a metodologia a seguir até uma decisão definitiva sobre a localização do novo aeroporto regional de Lisboa.

Também na semana passada, o Público avançou que o grupo Barraqueiro pretende construir um aeroporto em Santarém, um projeto que esteve a ser estudado nos últimos três anos, que pode ser regional, ou, se o Governo acompanhar, um aeroporto de maiores dimensões.

“Não me apraz fazer qualquer comentário relativamente à localização do aeroporto, aquilo que me apraz dar conta é que precisamos de um aeroporto”, vincou a secretária de Estado do Turismo.

Rita Marques admitiu que, quando a Estratégia Turismo 2027 (ET27) foi desenhada, em 2017, já se contava que o novo aeroporto de Lisboa não estivesse pronto até 2027, altura em que se pretende atingir 27.000 milhões de euros de receitas turísticas.

A governante sublinhou que o turismo tem tentado viver, “infelizmente, com a limitação” que existe no aeroporto de Lisboa, “porque é um aeroporto saturado”, e também com a “elasticidade” que outros aeroportos que ainda não têm a capacidade esgotada permitem.

“Temos vindo a trabalhar com todas as companhias aéreas, também apresentando as várias localizações, apresentando as várias infraestruturas aeroportuárias e mostrando que existem mais-valias em não desistir de Portugal, porque Lisboa está saturada e tentar apostar noutras localizações”, realçou.

Questionada sobre a eventual venda da TAP a um grande grupo de aviação, Rita Marques vincou que o que é preciso é “uma TAP forte”.

“Se é por via da privatização, se é por via da nacionalização, enfim, a mim não me cabe dar nota de qual é o caminho preferencial, teremos vários colegas de Governo que falarão sobre o tema com muito mais propriedade. A mim só me cabe dar conta de que queremos uma TAP forte, que possa ajudar o nosso turismo, para que possamos ajudar Portugal”, assinalou.

A secretária de Estado lembrou que a TAP é uma companhia “fundamental” para o setor que tutela, uma vez que transporta 30% dos turistas que chegam ao país, com expressão nos mercados dos Estados Unidos da América e do Brasil, e, por isso, “há uma preocupação muito grande em manter a excelência do serviço e em garantir que a TAP tem a cobertura adequada”.

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