O diretor-executivo da companhia não quis adiantar os valores envolvidos, mas sublinhou que a investigação pretende descobrir um tratamento e não uma vacina
O tenista sérvio Novak Djokovic tem uma participação de 80% na empresa de biotecnologia dinamarquesa, QuantBioRes, que está a tentar desenvolver um medicamento para combater a covid-19, confirmou o diretor-executivo da companhia à Reuters, esta quarta-feira.
Ivan Loncarevic, CEO da empresa, revelou que o investimento foi feito em junho de 2020, mas não adiantou os valores envolvidos no negócio.
A empresa, que emprega mais de 11 investigadores dispersos por três países, está a desenvolver um peptídeo, que inibe a covid-19 de infetar uma célula humana. Loncarevic sublinhou que a investigação pretende descobrir um tratamento e não uma vacina.
O CEO espera que os testes clínicos para o fármaco comecem este verão, no Reino Unido.
Recorde-se que Djokovic chegou a Melbourne a 5 de janeiro, com uma isenção médica que lhe permitiria jogar no Open da Austrália sem estar vacinado contra a covid-19, por alegadamente ter estado infetado, mas o visto foi, inicialmente, cancelado pelas autoridades alfandegárias.
O sérvio, vencedor por nove vezes do ‘major’ australiano (2008, 2011, 2012, 2013, 2015, 2016, 2019, 2020 e 2021), ficou detido até uma primeira decisão judicial ordenar a sua libertação, mas o governo australiano voltou a cancelar o visto.
Djokovic, que pretendia atingir o recorde de 21 títulos em torneios de ‘Grand Slam’, caso ganhasse o Open da Austrália, admitiu também durante semana passada ter prestado falsas declarações à entrada na Austrália.
Djokovic, de 34 anos, foi deportado no domingo da Austrália, na sequência de uma decisão judicial que confirmou o cancelamento do visto de entrada do tenista sérvio no país, ficando impedido de defender o título em Melbourne, numa prova que começou na segunda-feira.
