Menos de 24 horas depois de ter dito que não acreditava que o atacante tivesse agido sozinho, o FBI fala agora num "terrorista solitário"
O suspeito do ataque mortal com um camião na Bourbon Street, em Nova Orleães, nos Estados Unidos, na madrugada de quarta-feira, é provavelmente um terrorista solitário sem cúmplices conhecidos, anunciou o FBI numa conferência de imprensa.
Segundo o diretor adjunto Christopher Raia, da Divisão de Contra-Terrorismo, "não avaliamos, neste momento, que mais alguém esteja envolvido neste ataque além de Shamsud-Din Jabbar, o indivíduo sobre o qual já foram informados".
O comunicado atual contraria a declaração feita menos de 24 horas antes, pela agente aspecial Alethea Duncan: “Não acreditamos que Jabbar tenha agido sozinho. Estamos a seguir todas as pistas de forma agressiva, incluindo as dos seus associados conhecidos.”
Os investigadores analisavam se outras pessoas poderiam ser responsáveis por colocar dispositivos explosivos improvisados, separados do camião que, segundo eles, Shamsud-Din Jabbar utilizou para atropelar a multidão no Ano Novo.
No início da conferência de imprensa, Christopher Raia começou por confirmar que o atropelamento em causa teve como base "um ato terrorista", e descreveu-o como "premeditado e malicioso". "O meu objetivo é ser o mais transparente possível convosco sobre o que descobrimos até agora. Antes de mais, permitam-me ser muito claro: este foi um ato de terrorismo", afirmou o porta-voz do FBI aos jornalistas.
Não há "ligação definitiva" entre ataques em Nova Orleães e Las Vegas
Não foi encontrada, até ao momento, uma ligação definitiva entre os ataques em Nova Orleães e Las Vegas, avançou ainda o FBI, considerando, porém, o facto de a investigação estar ainda "numa fase muito inicial".
"Como sabem, há também uma investigação Las Vegas. Estamos a seguir todas as potenciais pistas e a não excluir nenhuma possibilidade. Contudo, neste momento, não há uma ligação definitiva entre o ataque aqui em Nova Orleães e o ocorrido em Las Vegas. E, mais uma vez, para finalizar, gostaria de reiterar o que disse no início: é uma fase muito inicial numa investigação como esta", esclareceu Christopher Raia.
O homem ligado ao aluguer do Tesla Cybertruck que explodiu à porta de um Trump Hotel em Las Vegas, na quarta-feira, é um soldado das Forças Especiais dos EUA, atribuído ao 10.º Grupo de Forças Especiais, de acordo com quatro oficiais norte-americanos.
O condutor do Cybertruck morreu, e sete outras pessoas nas proximidades ficaram feridas no Ano Novo, quando uma combinação de fogos de artifício, botijas de gás e combustível para campismo na caçamba do veículo foi detonada por um dispositivo controlado pelo condutor, informaram as autoridades.
O FBI está a investigar se a explosão está ligada a terrorismo e salientou as implicações do veículo Tesla e do nome do hotel.
