Nihon Hidankyo vence Nobel da Paz

CNN Portugal , AM com Lusa
11 out, 10:00
Prémio Nobel

Associação japonesa - ligada aos sobreviventes da bomba atómica de Hiroshima e Nagasaki, também conhecidos como Hibakusha - foi distinguida "pelos seus esforços para alcançar um mundo livre de armas nucleares"

A Associação japonesa Nihon Hidankyo venceu, esta sexta-feira, o Nobel da Paz "pelos seus esforços para alcançar um mundo livre de armas nucleares e por demonstrar, através de testemunhos, que as armas nucleares nunca mais devem ser utilizadas".

Este ano, o Nobel da Paz recebeu 286 candidaturas, 197 dos quais são pessoas e 89 organizações, de acordo com a organização do galardão. Um número inferior aos 351 candidatos do ano passado, mantendo-se assim o recorde de 376 candidatos nomeados em 2016.

Entre os nomes mencionados como potenciais vencedores do galardão pela imprensa internacional, especialistas e casas de apostas constavam ainda o do secretário-geral da ONU, António Guterres, do opositor russo Alexei Navalny (que morreu em fevereiro passado) e do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

A Agência da ONU para os Refugiados Palestinianos (UNRWA, na sigla em inglês) e o seu comissário-geral Philippe Lazzarini, o Tribunal Internacional de Justiça, a UNESCO, o Conselho da Europa e o Gabinete das Instituições Democráticas e dos Direitos Humanos da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) também são mencionados como favoritos.

Por outro lado, os ‘media’ internacionais também admitiram um “ano em branco”, ou seja, em que o prémio não é atribuído, o que já aconteceu 19 vezes ao longo dos seus mais de 100 anos de história, a última das quais em 1972, no auge da guerra do Vietname.

No ano passado, o Nobel da Paz foi atribuído à jornalista e ativista iraniana Narges Mohammadi (detida desde novembro de 2021), salientando o seu trabalho na luta contra a discriminação e contra a opressão das mulheres e “pelo direito a viver de forma digna”.

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