Associação japonesa - ligada aos sobreviventes da bomba atómica de Hiroshima e Nagasaki, também conhecidos como Hibakusha - foi distinguida "pelos seus esforços para alcançar um mundo livre de armas nucleares"
A Associação japonesa Nihon Hidankyo venceu, esta sexta-feira, o Nobel da Paz "pelos seus esforços para alcançar um mundo livre de armas nucleares e por demonstrar, através de testemunhos, que as armas nucleares nunca mais devem ser utilizadas".
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— The Nobel Prize (@NobelPrize) October 11, 2024
The Norwegian Nobel Committee has decided to award the 2024 #NobelPeacePrize to the Japanese organisation Nihon Hidankyo. This grassroots movement of atomic bomb survivors from Hiroshima and Nagasaki, also known as Hibakusha, is receiving the peace prize for its… pic.twitter.com/YVXwnwVBQO
Este ano, o Nobel da Paz recebeu 286 candidaturas, 197 dos quais são pessoas e 89 organizações, de acordo com a organização do galardão. Um número inferior aos 351 candidatos do ano passado, mantendo-se assim o recorde de 376 candidatos nomeados em 2016.
Entre os nomes mencionados como potenciais vencedores do galardão pela imprensa internacional, especialistas e casas de apostas constavam ainda o do secretário-geral da ONU, António Guterres, do opositor russo Alexei Navalny (que morreu em fevereiro passado) e do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
A Agência da ONU para os Refugiados Palestinianos (UNRWA, na sigla em inglês) e o seu comissário-geral Philippe Lazzarini, o Tribunal Internacional de Justiça, a UNESCO, o Conselho da Europa e o Gabinete das Instituições Democráticas e dos Direitos Humanos da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) também são mencionados como favoritos.
Por outro lado, os ‘media’ internacionais também admitiram um “ano em branco”, ou seja, em que o prémio não é atribuído, o que já aconteceu 19 vezes ao longo dos seus mais de 100 anos de história, a última das quais em 1972, no auge da guerra do Vietname.
No ano passado, o Nobel da Paz foi atribuído à jornalista e ativista iraniana Narges Mohammadi (detida desde novembro de 2021), salientando o seu trabalho na luta contra a discriminação e contra a opressão das mulheres e “pelo direito a viver de forma digna”.