Nada como um campeão olímpico a passear-se por Paris durante a madrugada para provar o amor
Tornou-se o homem mais rápido do mundo atual por apenas cinco milésimos, mas ganha em metros no amor que tem para dar, talvez só comparável ao ego que tem. A namorada e também atleta olímpica que o diga.
Horas depois de ter vencido a final dos 100 metros e pouco antes de entrar novamente em pista para a qualificação dos 200 metros, Noah Lyles teve de fazer um desvio rápido em Paris.
Foi o próprio norte-americano a revelar a história, depois de a namorada, a corredora jamaicana Junelle Bromfield, se ter esquecido das sapatilhas de corrida na massagista.
A mesma massagista onde o corredor tinha estado minutos antes, e que fica a uma curta distância da Aldeia Olímpica. E se há pessoa que pode dizer que uma distância é curta, Noah Lyles será, com certeza, essa pessoa.
Foi uma corrida diferente, até pela hora. É que já passava das 02:00 quando o atleta teve de fazer o desvio, acabando por chegar à cama já de madrugada com as suas coisas, mas também as da namorada, incluindo as sapatilhas, claro, mas também alguns “produtos de higiene”, segundo o próprio Noah Lyles.
“Cá estou eu”, disse o atleta com um sorriso. “Um campeão olímpico dos 100 metros a arrastar-se para o quarto da namorada com todas estas coisas. Sou um bom namorado”.
Justiça seja feita, Junelle Bromfield ia correr bem mais cedo, precisava mais de descansar que o namorado. E, no fim do dia, a coisa compensou.
Ela terminou em terceiro na sua prova dos 400 metros e seguiu para as meias-finais. Ele, sem qualquer tipo de esforço aparente, ganhou a qualificação dos 200 metros com 20,19 segundos, um tempo que nem é espetacular para o atleta, mas que “deu para mexer as pernas”, como o próprio assumiu, em tom de brincadeira.
A final, essa, parece até já ter o destino traçado. São 200 metros difíceis, mas esta é mesmo a especialidade de Noah Lyles. Depois dos 100 metros, a expectative é de que esta nova corrida seja canja.
