Enquanto Ocidente questiona transparência na Venezuela, China felicita Maduro e diz-se "disposta a enriquecer a parceria estratégica"

Agência Lusa , NM
29 jul 2024, 10:26

As felicitações foram dadas pelo porta-voz da diplomacia chinesa Lin Jian: "A China felicita a Venezuela pelo sucesso das suas eleições presidenciais e felicita o Presidente Maduro pela sua reeleição"

A China felicitou esta segunda-feira Nicolás Maduro pela sua reeleição como chefe de Estado da Venezuela, após uma eleição contestada pela oposição e por vários governos estrangeiros.

"A China felicita a Venezuela pelo sucesso das suas eleições presidenciais e felicita o Presidente Maduro pela sua reeleição", declarou o porta-voz da diplomacia chinesa Lin Jian, em conferência de imprensa.

"A China está disposta a enriquecer a parceria estratégica [com a Venezuela] e a fazer com que os povos dos dois países beneficiem desta", acrescentou.

Pequim mantém boas relações com o Presidente venezuelano, que está isolado na cena internacional, e é um dos principais credores do país latino-americano, cujo produto interno bruto caiu 80%, em 10 anos, devido a uma grave crise económica.

A Venezuela almeja o apoio da China para reanimar a sua economia, que foi atingida por uma das piores taxas de inflação do mundo.

Em setembro, durante uma reunião em Pequim com Nicolás Maduro, o Presidente chinês, Xi Jinping, elevou as relações entre a China e a Venezuela ao seu mais alto nível protocolar.

Apenas alguns países - Paquistão, Rússia e Bielorrússia - têm direito a este tratamento.

Maduro foi reeleito para um terceiro mandato à frente da Venezuela com 51,2% dos votos, mas a oposição reclama a vitória e rejeita os resultados anunciados no domingo à noite pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que acusa de receber ordens do governo.

A oposição recebeu rapidamente o apoio de parte da comunidade internacional.

Esta segunda-feira, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, expressou "sérias dúvidas" sobre a exatidão dos resultados eleitorais.

O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, apelou à "total transparência do processo eleitoral".

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