Chefe militar dos EUA na Finlândia para apoiar adesão à NATO

Agência Lusa , CV
3 jun 2022, 19:56
"Um passo histórico": NATO saúda formalização do pedido de adesão da Finlândia e da Suécia, mas Turquia mantém o braço de ferro

O general Milley sublinhou que o exército da Finlândia é compatível com a NATO: “Os seus soldados falam todos inglês muito bem. As suas táticas, técnicas e procedimentos são fundamentalmente compatíveis com a NATO”

O chefe de Estado-maior norte-americano, general Mark Milley, encontrou-se esta sexta-feira em Helsínquia com o presidente finlandês, Sauli Niinisto, para transmitir o apoio dos Estados Unidos à adesão da Finlândia à NATO, de momento bloqueada pela Turquia.

“É óbvio que de um ponto de vista militar, a Finlândia e a Suécia, caso as suas candidaturas sejam aprovadas, reforçam claramente as capacidades militares da NATO”, declarou o general Milley aos jornalistas que o acompanham na deslocação.

O militar dos EUA indicou que veio “discutir o caminho a seguir devido à sua adesão à NATO e operações, atividades, exercícios, etc., que nós, Estados Unidos, enquanto membros da NATO, podemos efetuar para os apoiar e melhorar o nosso nível de preparação e a nossa interoperacionalidade”.

O general Milley é esperado sábado na Suécia, outro país nórdico que, na sequência da invasão militar da Ucrânia pela Rússia, também pediu a adesão à Aliança após décadas de não-alinhamento.

Apesar de o exército finlandês apenas dispor de 13.000 profissionais, o país de 5,5 milhões de habitantes que partilha cerca de 1.300 quilómetros de fronteira com a Rússia, garante um impressionante número de 900.000 reservistas com um exército em tempo de guerra com capacidade de mobilizar 280.000 soldados.

Por sua vez, a Suécia possui um exército profissional de 25.000 membros, aos quais se acrescentam 30.000 reservistas. À semelhança da Finlândia, tem acesso ao mar Báltico, que se poderá tornar num “lago NATO” à margem das águas russas, garantidas pelo enclave russo de Kaliningrado e da cidade de São Petersburgo.

“Estes dois exércitos já são compatíveis com a NATO”, sublinhou o general Milley. “Os seus soldados falam todos inglês muito bem. As suas táticas, técnicas e procedimentos são fundamentalmente compatíveis com a NATO”.

As duas candidaturas confrontam-se com a oposição de Ancara, que acusa a Finlândia e Suécia de acolherem “terroristas” do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e seus aliados.

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