O GN1 2022 voou perto da Terra na terça-feira à noite: o que é preciso saber

CNN , Megan Marples
11 abr 2022, 10:52
Asteróide (NASA/JPL-California Institute of Technology)

Os asteroides ocasionalmente passam demasiado perto da Terra, por isso a NASA mantém-se atenta para se certificar que estes não colocam o nosso planeta em perigo.

Um asteroide do tamanho de uma casa pequena voou perto da Terra na terça-feira à noite. 

O rochedo espacial estava a 79.000 milhas (127.000 quilómetros) da Terra, ou cerca de um terço da distância entre a Lua e a Terra, de acordo com o Centro de Estudos de Objetos Próximos da Terra da NASA.

Estimou-se que GN1 2022, o nome dado a esta asteroide, estava entre 24,3 a 55,8 pés (7,4 a 17 metros) de comprimento e viajava a 34,695 milhas por hora (55,836 quilómetros por hora), de acordo com o CNEOS.

Pode parecer que é um grande asteroide, mas na realidade é bastante pequeno, segundo Gianluca Masi, fundador e diretor científico do Projeto Telescópio Virtual. Alguns dos maiores asteroides estendem-se por 0.62 milhas (1 quilómetro), acrescentou Masi.

O GN1 tem aproximadamente o mesmo tamanho que o Meteoro Chelyabinsk, que tinha 59 pés (18 metros) de comprimento, afirmou Mike Hankey, diretor de operações da American Meteor Society.

O asteroide explodiu perto de Chelyabinsk, na Rússia, em 2013, criando uma explosão sónica que feriu mais de 1.000 pessoas, declarou Hankey.

Ao contrário de Chelyabinsk, o GN1 não representava qualquer risco para as pessoas, afirmou Gianluca Masi, fundador e diretor científico do Projeto Telescópio Virtual.

"Havia conhecimento suficiente sobre a sua órbita para ter a certeza de que não nos iria atingir,” afirmou.

Encontros próximos, como a passagem do asteroide GN1, proporcionam aos cientistas uma oportunidade de aprender mais sobre as rochas do espaço, afirmou Masi.

"Estas aproximações são oportunidades preciosas para investigar melhor os objetos mais pequenos, que seriam demasiado ténues se estivessem muito distantes", declarou Masi.

A possibilidade de colisão

Existe quase sempre a possibilidade de um asteroide atingir a Terra. É por isso que o Gabinete de Coordenação da Defesa Planetária da NASA monitoriza objetos no espaço que podem potencialmente prejudicar o planeta.

Um dos últimos esforços da organização tem sido a missão DART, ou o Teste de Redireccionamento de Asteroide Duplo da NASA.

A NASA está a realizar testes para verificar se o impacto de um asteroide irá mudar a direção e a velocidade do mesmo, o que poderá ser aplicado no futuro a objetos que representem uma ameaça para a Terra, declarou a agência.

A nave espacial foi lançada a 23 de novembro num foguete SpaceX Falcon 9 da Base da Força Espacial de Vandenburg na Califórnia.

O seu alvo é o sistema de asteroides Didymos, que é composto por um grande asteroide designado Didymos, e de um asteroide mais pequeno que orbita à sua volta designado Dimorphos. O objetivo da NASA é atingir o asteróide mais pequeno, o que reduzirá em alguns minutos o tempo que leva para Dimorphos orbitar Didymos, de acordo com a agência espacial.

A nave espacial está programada para atingir o asteroide a 26 de setembro, declarou a NASA. 

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