Sudoeste: Björk em actuação consistente e colorida

Redação , João Carneiro da Silva
8 ago 2008, 05:37

Cantora islandesa foi, sem surpresas, a estrela maior do 1º dia do festival

No primeiro dia «a valer» da 12ª edição do Sudoeste, o festival apresentou um dos seus principais trunfos. A islandesa Björk trouxe à Herdade da Casa Branca um espectáculo singular, que marcou pela excentricidade cénica e pela solidez do desempenho da cantora e da sua banda.

Bandeiras e estandartes decoravam o palco bem preenchido pelos Wonderbrass, a secção de sopro que acompanha Björk na digressão de promoção a «Volta». Ao ambiente neo-tribal reproduzido visualmente juntaram-se as primeiras batidas de «Earth Intruders», a deixa para a entrada em cena da cantora islandesa, vestida com uma espécie de quimono colorido e respectivo chapéu. Pouco passava das 22h20 e os repetentes do Sudoeste já comentavam a fraca afluência de público junto ao palco principal, especialmente se comparando com edições anteriores.

Entre temas mais sóbrios e a puxar pela voz de Björk e outros mais coloridos e em que se destacaram os gadgets tecnológicos, o alinhamento passou pelos principais álbuns da carreira da cantora, não esquecendo o controverso «Medúlla».

O público deixou-se levar pela batida arrojada de «Army of Me», com direito à primeira explosão de confettis da noite a que se juntou um jogo de luzes laser. Os «obrigados» da cantora, em português arranhado, foram lançados com entusiasmo. Björk estava a divertir-se e foi com um largo sorriso nos lábios que apresentou um convidado muito especial: Toumani Diabaté, do Mali, exímio tocador de kora que actuou em nome próprio no Palco Planeta Sudoeste. «Hope» foi cantada ao som do instrumento de cordas africano, da família da harpa.

A primeira despedida deu-se em ritmo acelerado de dança com «Hyperballad» e «Pluto». No regresso ao palco, Björk e os Wonderbrass brilham com «Anchor Song» e o final festivo aconteceu com «Declare Independence». O apelo à independência do Tibete ficou de fora e sobre os espectadores choveram centenas e centenas de confettis no adeus final da islandesa e da sua banda.

Palco Positive Vibes muito concorrido


Os Tinariwen sofreram com a razia de público logo após o final do concerto de Björk. Pelas 00h10, as atenções dos festivaleiros dividiam-se entre a banda tuaregue no Palco TMN, o brasileiro Arnaldo Antunes no Palco Planeta Sudoeste, o DJ Zé Pedro Moura no espaço Kubik e os franceses Dub Inc. no Palco Positive Vibes. Aliás, e à semelhança dos anos anteriores, o palco dedicado exclusivamente ao reggae é sempre um dos mais concorridos.

Foi precisamente com o reggae dos brasileiros Natiruts que o palco principal foi oficialmente aberto em 2008. Seguiram-se os portuenses Clã, numa actuação emotiva e que contou com a participação de Arnaldo Antunes, em dueto com Manuela Azevedo em alguns temas.

A fechar, os Balkan Beat Box conseguiram atrair bastante público com o gypsy rock tão em voga com bandas como os Gogol Bordello e os Emir Kusturica & The No Smoking Orchestra.

The Chemical Brothers dão música no segundo dia


Esta sexta-feira o festival Sudoeste volta a receber os britânicos Chemical Brothers e Goldfrapp, duas das principais atracções do segundo dia de concertos:

Os horários do segundo dia do Sudoeste 2008:

Palco TMN


- Rita Red Shoes (20h00 - 20h45)

- Yael Naim (21h05 - 21h50)

- Tindersticks (22h10 - 23h10)

- Goldfrapp (23h40 - 00h40)

- The Chemical Brothers (01h10 - 02h40)

- The Dynamics (03h10 - 04h00)

Palco Planeta Sudoeste


- Tetine (19h30 - 20h30)

- Moinho (20h50 - 21h50)

- Rosalia de Sousa (22h10 - 23h10)

- Nneka (23h30 - 00h30)

- Cidinho & Doca (00h50 - 01h50)

Palco Positive Vibes


- The Most Wanted (20h45 - 21h30)

- Al Borosie (22h00 - 23h30)

- Beenie Man (00h15 - 01h45)

- Zion Train (02h00 - 04h00)

Kubik


- Rui Vargas

- Sue Ellen

- Magazino

- Nuno Reis

- Mary B

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