Desde o início da pandemia, parece que estamos parados no tempo, os dias voam e de repente passam-se meses. Os astronautas também sentem que estão parados no tempo
O conselho que a astronauta da NASA, Christina Koch, partilhou recentemente com o Dr. Sanjay Gupta no podcast da CNN Chasing Life foi o seguinte: criem momentos significativos que ajudem a marcar a passagem do tempo. Para Koch, que atingiu um recorde de 328 dias passados no espaço, isso inclui caminhadas no espaço e festejar o Natal entre as estrelas.
Este ano já está recheado de momentos memoráveis e descobertas surpreendentes. Só esta semana, o Telescópio Espacial James Webb chegou ao seu destino final, a 1,6 milhões de quilómetros da Terra, e os astrónomos avistaram um velho destroço do foguetão da SpaceX em rota de colisão com a Lua.
Desafiar a gravidade
Thomas Pesquet, astronauta da Agência Espacial Europeia, acredita que “se conseguimos fazer uma estação espacial voar, então vamos conseguir salvar o planeta.”
Pesquet, que recentemente regressou da sua segunda viagem à Estação Espacial Internacional em novembro, teve uma perspetiva única do nosso mundo, “a bola azul a que chamamos casa”.
Ele disse que os efeitos das alterações climáticas na Terra eram cada vez mais visíveis do espaço e havia uma notável diferença desde a última vez que tinha estado na estação espacial, em 2016, no degelo dos glaciares, na poluição e nos fenómenos meteorológicos extremos.
Mas Pesquet, um dos embaixadores da boa vontade da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, acredita que o que aprendeu no ambiente espacial sobre conservação de recursos podia ser aplicado na Terra.