Mundial de Clubes: prémios generosos podem vir a ser cortados por taxas

18 abr, 17:17
Troféu do Mundial de Clubes

FIFA está a negociar isenção total de prémios, mas as negociações são complexas e ainda não há acordo com todos os estados

O Mundial de Clubes que vai decorrer nos Estados Unidos no próximo verão promete prémios generosos para as equipas participantes, como são os casos de Benfica e FC Porto, no caso de Portugal, mas o jornal inglês The Guardian avança esta sexta-feira que uma parte desses prémios por ficar retida pelos impostos que alguns dos estados norte-americanos cobram. A FIFA está a negociar para que os prémios fiquem isentos de quaisquer tarifas, mas o acordo é complexo e ainda não está definido.

É uma situação bem distinta do Mundial de seleções que vai decorrer também nos Estados Unidos numa organização conjunta com o Canadá e México, em 2026, uma vez que os prémios atribuídos às federações estão, à partida, isentos de impostos.

Na nova competição de clubes, cada clube vai receber à cabeça 15,21 milhões de dólares [13,4 milhões de euros], aos quais poderão depois acrescentar mais 2 milhões de dólares [1,76 milhões de euros] por vitória ou mais 1 milhão de dólares [880 mil euros] por empate. Os prémios sobem depois na fase a eliminar, com quase 7 milhões de euros para os oitavos de final, mais 12 milhões para os «quartos» e quase 20 milhões para as «meias». O vencedor pode regressar a casa, no final da competição, com um total de 116 milhões de euros no bolso.

Ora, estes prémios podem vir a sofrer um duro corte, mas isso depende onde cada equipa vai jogar, uma vez que os impostos federais variam de estado para estado. Por exemplo, na Florida não são cobrados impostos de renda estadual, por isso, quem jogar em cidades como Miami ou Orlando estará isento de impostos. No entanto, há estados que cobram taxas, uns mais dos que os outros. A Pensilvânia cobra 3 por cento, Atlanta 5,5 por cento e a Califórnia 7 por cento.

Confira os calendários de Benfica e FC Porto no Mundial de Clubes

O Benfica, por exemplo, estaria isento nos dois primeiros jogos, uma vez que vai defrontar o Boca Juniors em Miami e o Auckland City em Orlando, mas se continuar em competição já terá de fazer contas à vida. Já o FC Porto terá dois jogos em New Jersey, mas, pelo meio, terá de ir a Atalanta defrontar o Inter Miami e, neste caso, pode estar sujeito a uma taxa de 5,5 por cento.

A FIFA está, nesta altura, a negociar com as autoridades locais, caso a caso, e, segundo revela o The Guardian, está «otimista» quanto a um acordo que permita a isenção total dos prémios.

O presidente da FIFA, Gianni Infantino, já esteve reunido por duas vezes com Donald Trump, no mês de março e levou o novo troféu do Mundial de Clubes até à Sala Oval, na Casa Branca. Já na semana passada, Infantino regressou aos Estados Unidos para uma reunião com o FBI, neste caso sobre segurança.

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