Ainda nem duas semanas se passaram desde a vitória da Seleção Nacional no Euro 2016. O maior momento da história do futebol português acontece 50 anos depois do primeiro deles: o 3.º lugar no Mundial 1966. Neste sábado, a épica vitória sobre a Coreia do Norte faz meio século
Vinte e três de julho de 2016. O povo português ainda ressaca da maior vitória da história do futebol nacional. A equipa das quinas venceu o Europeu na 13.ª presença numa fase final de uma grande competição, 50 anos depois da estreia, em 1966, no Mundial de Inglaterra.
Comandados por Manuel da Luz Afonso e pelo brasileiro Otto Glória, os «Magriços» espantaram o mundo. Começaram por fazer o pleno na fase de grupos, ao vencer a Hungria, a Bulgária e o bicampeão mundial Brasil, de Pelé. Mas é daquele memorável 5-3 à Coreia do Norte – depois de o conjunto asiático ter estado a vencer por 3-0 – que ainda hoje se fala e que era, até agora, considerado por muitos o triunfo mais épico da história da Seleção.
O mundo curvou-se à equipa das quinas, até então pouco ou nada considerada no panorama internacional. Portugal só caiu aos pés da anfitriã Inglaterra para, a seguir, segurar o bronze na competição frente à Rússia. «Quando chegámos, fomos condecorados e recebemos um grande abraço do Salazar. Pelo que fizemos no campeonato? Disseram-nos que foi porque ganhámos à Rússia [URSS], que era um país comunista. E nós, naquele tempo, só jogávamos contra países comunistas em jogos oficiais», recorda Hilário, que foi considerado o melhor lateral esquerdo da competição.
Cinquenta anos depois, dois «Magriços» (Hilário e António Simões) guiaram o Maisfutebol numa máquina do tempo e recordaram a campanha memorável da Seleção. Navegue na timeline em baixo.
