Mundial 2030, confusão: UEFA exclui Ucrânia, António Costa inclui Ucrânia

5 abr 2023, 10:33
António Costa no Congresso da UEFA (Miguel A. Lopes)

Portugal, Espanha e Marrocos estão certos na candidatura. Ucrânia nem por isso

O primeiro-ministro não deixa cair a Ucrânia da candidatura para a organização do Mundial de futebol de 2030, mesmo depois de ter sido noticiado que Marrocos se ia juntar. No discurso de abertura do Congresso da UEFA, que decorre em Lisboa, António Costa falou numa “ambição” de em conjunto ter Espanha, Marrocos mas também a Ucrânia na organização do evento.

“Temos a ambição de, em conjunto com Espanha, Marrocos e Ucrânia, organizar o Mundial 2030 numa candidatura única, conjunta, entre as duas margens do Mediterrâneo, destinada  a organizar o primeiro Mundial de futebol que une, pelo desporto e os seus melhores valores, dois continentes: Europa e África”, afirmou.

No entanto, e de acordo com uma publicação da UEFA nas redes sociais, a Ucrânia não estará mesmo na candidatura ao Mundial de 2030. "O primeiro-ministro de Portugal abriu o Congresso da UEFA, falando no papel do desporto e do futebol na sociedade e da candidatura conjunta de Portugal com Espanha e Marrocos ao Mundial", pode ler-se na partilha, que claramente exclui a Ucrânia.

Contactado pela CNN Portugal, o gabinete do primeiro-ministro esclarece que a Ucrânia ainda não foi formalmente retirada da candidatura, explicando que não seria António Costa a fazê-lo, ainda para mais perante a delegação ucraniana. A UEFA, que também estava perante a delegação ucraniana, fê-lo.

Ainda no Congresso da UEFA, António Costa considerou “fundamental e insubstituível” o papel da UEFA para a “vitória da paz”, afirmando: “O impacto dos eventos desportivos, o número de pessoas que assistem e as emoções que permitem vivenciar, fazem do desporto uma plataforma com um alcance e potencial único que não pode deixar de ser utilizado também com este objetivo”.

O primeiro-ministro classificou Portugal como “um parceiro de referência da UEFA” e reiterou a vontade do país em querer continuar a trabalhar com a organização de cúpula do futebol europeu, lembrando a organização da fase final da Liga das Nações, a final a oito da Liga dos Campeões, em 2020, e a final da ‘Champions’ em 2021, ambas em contexto de pandemia.

“Temos assim todas as condições para continuar a ser parceiros da UEFA, e também da FIFA, para a organização de eventos desportivos globais”, disse.

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