Fernando Santos: «Esta Suíça sabe muito bem o que quer do jogo»

5 dez 2022, 14:27
Fernando Santos na conferência de imprensa de antevisão do Portugal-Suíça

Selecionador fez uma análise ao adversário e deu como exemplo a recuperação frente à Sérvia no último jogo da fase de grupos

Fernando Santos fez uma análise minuciosa à Suíça recordando as dificuldades que Portugal tem sentido, nos últimos anos diante dos helvéticos. Uma equipa que, segundo o selecionador, não tem mudado muito, que vale pelo coletivo e, acima de tudo, «sabe muito bem o que quer».

«Esta equipa Suíça joga junta há muito tempo. Nas vezes que já nos defrontámos foram sempre confrontos difíceis de parte a parte, com grande competitividade, porque a equipa suíça é muito bem organizada em campo, muito conhecedora do jogo. Tem jogadores de qualidade, é uma equipa que sabe muito bem o que quer do jogo», começou por destacar na antevisão do jogo desta terça-feira que vale uma vaga nos quartos de final do Mundial.

A título de exemplo, o selecionador falou do último jogo da Suíça com a Sérvia (3-2). «Basta olhar para este último jogo em que, estando a perder por 2-1, a equipa suíça nunca perdeu o norte, continuou a jogar da mesma forma, com a mesma serenidade, foco e objetivo, em termos de dinâmica do jogo», acrescentou.

A Suíça apresentou um onze mais defensivo frente ao Brasil, mas para Fernando Santos foram apenas pelas circunstâncias e não está à espera de grandes mudanças para o jogo desta terça-feira. «Espero uma Suíça assim, que sabe muito bem o que quer. Não é uma equipa defensiva em nada, não foi assim que jogou com o Brasil. O Shaqiri não jogou porque estava lesionado, mas manteve a mesma estrutura. Não jogou um guarda-redes e um central porque estavam constipados, mas voltaram neste ultimo jogo», comentou.

Por falar em estrutura, Fernando Santos diz que a Suíça joga da mesma forma já há alguns anos. «A Suíça, em relação aos últimos jogos que fizemos com eles, tem uma pequena nuance. Normalmente jogam dois no meio-campo, o resto é semelhante. Os extremos jogam com o pé contrario, para virem para dentro, procuram o espaço entre linhas. Jogavam 1x2 e agora jogam mais 2x1, o [Djibril] Sow joga mais à frente. Analisámos isso, mas isso não tira o padrão à equipa, os laterais sobem bem, sai em posse. O Sommer joga bem com os pés, a equipa sai de trás, não é um jogo de vertigem como o da Coreia», explicou.

Acima de tudo, Fernando Santos diz que é preciso estar atento aos detalhes. «Esta equipa não é que seja mais pausada, mas procura sair a jogar com todas as armas que tem. Já os defrontámos, já mostrámos que temos essa capacidade, temos feito cosias boas neste mundial, mas há um ou outro detalhe em que não temos estado tão bem. É importante erradicar alguns detalhes que nos têm prejudicado», destacou ainda.

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