Fernando Santos: «É ganhar amanhã para estarmos aqui daqui a quatro dias»

5 dez 2022, 14:01
Fernando Santos na conferência de imprensa de antevisão do Portugal-Suíça

Selecionador considera que o estatuto de «favorito» é só no «papel» e considera que o jogo da Suíça vai decidir-se nos «detalhes»

Fernando Santos defendeu, na antevisão do jogo com a Suíça, que o favoritismo num jogo dos oitavos de final de um Campeonato do Mundo é «apenas no papel». O selecionador entende que a Suíça tem legitimidade para se considerar favorita, tal como Portugal e prefere destacar a vontade dos jogadores em continuar no Qatar.

«Apontados como favoritos? Ouvi as declarações do treinador adjunto da Suíça que disse que eles eram favoritos. A equipa Suíça, com toda a autoridade, entende que é favorita para ganhar o jogo e nós também, com toda a propriedade, que temos capacidade para vencer. Agora é um jogo, vão jogar onze contra onze e mais alguns que vão entrar. Não sabemos quanto é que vai durar o jogo, sabemos que estamos totalmente focados, acreditamos que é possível e queremos continuara aqui», destacou na conferência de imprensa de antevisão do jogo dos oitavos de final.

Na perspetiva do selecionador, todas as equipas que chegam à fase a eliminar são candidatas a ganhar o Mundial, o selecionador prefere assumir a «obrigação» ed ganhar. «Quando se passa aos oitavos cada vez estamos mais perto de sermos favoritos. Ser candidatos ou favoritos não interessa nada, isso é no papel. Obrigação temos sempre, quem joga por Portugal tem a obrigação de ganhar todos os jogos. Para nós é bom sentir isso, sentir essa adrenalina, de querermos ganhar e fazer tudo para isso. É nisso que os meus jogadores estão totalmente focados», acrescentou.

Depois de três jogos da fase de grupos, agora os jogos são a eliminar, mas Fernando Santos diz que a preparação não foi muito diferente. «A preparação é sempre a mesma. Estávamos na fase de grupos, mas tínhamos três jogos para preparar, senão não estávamos aqui. Se não os estivéssemos preparado bem, não estávamos aqui. Alguma coisa há de sempre mudar», referiu.

O selecionador reviu o jogo com a Coreia do Sul e, apesar da derrota, chegou à conclusão que Portugal até jogou bem. «Revi o jogo, se calhar durante o jogo tenho uma perceção diferente, e cheguei à conclusão que na primeira parte, Portugal até jogou bem, jogou mesmo bem. Se não tivesse sido o detalhe daquele golo, Portugal teve cinco ou seis oportunidades, os jogadores estiveram muito bem na maior parte dos casos. Não fizeram uma exibição excelente, mas estiveram muito bem. Depois a seleção é penalizada num golo num canto. Na segunda parte já não conseguimos ser tão assertivos, principalmente em termos ofensivos, não criámos tantas oportunidades como na primeira parte, mas a equipa continuou bem e foi penalizada noutro detalhe», destacou.

Portanto, o que há a mudar será essencialmente estar atento aos detalhes. «É fundamental para este jogo isso mesmo, é pensar que nestes três jogos que disputamos os detalhes é que marcaram a diferença. É preciso concentração para evitar esses detalhes que fazem a diferença num jogo como este. É ganhar amanhã para estarmos aqui daqui a quatro dias», acrescentou.

De volta à conversa dos favoritos, foi pedido ao selecionador que elegesse uma seleção favorita a vencer o Mundial, com Portugal à parte, mas neste caso Fernando Santos foi mais taxativo. «Portugal», escolheu sem hesitar.

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