Bernardo Silva: «Uruguai é uma seleção difícil e muito agressiva»

27 nov 2022, 12:42
Conferência de imprensa da seleção de Portugal

Médio da equipa das quinas diz que partida contra a seleção sul-americana tem um contexto diferente da que ditou a eliminação de Portugal há quatro anos na Rússia

Quatro anos depois, Portugal volta a defrontar o Uruguai num Mundial. Em 2018, na Rússia, o duelo com a seleção sul-americana ditou o afastamento da equipa das quinas da competição.

«É um jogo que não me traz muito boas memórias, porque Portugal acaba por ser eliminado pelo Uruguai nos oitavos de final. É um jogo diferente, Portugal tem três pontos, o Uruguai tem um. Este é de fase de grupos, ou outro dos oitavos de final», perspetivou Bernardo Silva na antevisão ao jogo da 2.ª jornada da fase de grupos.

O médio do Manchester City, que estava há quatro anos na partida diante do Uruguai, deixou elogios ao adversário, mas garantiu que os comandados de Fernando Santos vão tentar dar uma resposta melhor desta vez. «Portugal acaba por mudar bastantes mais jogadores do que a seleção do Uruguai. É uma seleção difícil, muito agressiva, que contra-ataca muito bem, que explora ao máximo todo esse tipo de situações. Vamos estudar da melhor forma a seleção do Uruguai para respondermos bem dentro de campo e ganharmos mais três pontos e conseguirmos a qualificação para os oitavos, que é o que queremos.»

Questionado sobre a influência de Federico Valverde na seleção do Uruguai, Bernardo Silva deixou rasgados elogios ao médio: «É um jogador difícil de travar, pois trabalha muito para a equipa, muito forte fisicamente. É um dos melhores médios do mundo, não só com bola, mas também pelos movimentos de sacrifício sem bola, que cria espaço para os colegas. Rompe muitas vezes as defesas contrárias, à procura do espaço. Por tudo isso pode criar dificuldades, e o nosso trabalho é estudar bem os movimentos do Uruguai, para defendermos da melhor forma possível e percebemos também o espaço que eles deixam.»

Bernardo falou também de Darwin, como outro elemento que pode fazer a diferença num Uruguai que «precisa de pouco para fazer dano ao adversário». «É um jogador muito vertical. Se perdes bolas simples ali no meio e dás hipótese de contra-atacar, vamos ter dificuldade. Temos de gerir bem a bola, e reagir à perda, e ter consciência que podemos perder a bola a qualquer momento e que temos de controlar esses jogadores perigosos.»

Questionado sobre aquilo que espera do Uruguai, em termos estratégicos, o internacional português assumiu dúvidas na equipa das quinas. «O Uruguai tem um ponto. Não sabemos se vem à procura de pressionar mais alto, ou se vai esperar mais e dar-nos a iniciativa. É uma equipa diferente do Gana, claro, mas temos de estar preparados para qualquer cenário. Pode esperar mais e depois no fim pressionar mais, ou entrar a pressionar mais alto. Vamos esperar para ver o que acontece e reagir da melhor maneira.»

Se vencer o Uruguai, Portugal garante já um ligar na próxima fase do Mundial 2022.

 

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