«Vamos ao Qatar apoiar a seleção e não a violação dos direitos humanos»

18 nov 2022, 23:12

Posição defendida pelo primeiro-ministro, António Costa

O primeiro-ministro disse os responsáveis políticos portugueses estarão no Qatar a apoiar seleção portuguesa e não a violação dos direitos humanos ou a discriminação das mulheres nesse país.

Esta foi, de resto, a posição defendida por António Costa numa conferência de imprensa conjunta com o Presidente eleito do Brasil, Lula da Silva, em São Bento, aquando da questão sobre a polémica de o Presidente da República, do próprio primeiro-ministro e do presidente da Assembleia da República, visitaram o país onde decorre o Mundial 2022. 

«O Campeonato do Mundo é onde é. Todos temos uma posição sobre o que é o Qatar, mas aquilo que faz com que a nossa seleção esteja no Campeonato do Mundo é por ser uma das poucas que conseguiu ser apurada», começou por referir.

Depois, o primeiro-ministro separou política e futebol, mantendo a ideia de Marcelo Rebelo de Sousa, ele próprio e Augusto Santos Silva assistirem a jogos de Portugal no Qatar.

«O Campeonato do Mundo é lá [no Qatar] e quando formos lá não vamos seguramente apoiar o regime do Qatar, a violação dos direitos humanos no Qatar e a discriminação das mulheres no Qatar. Quando formos lá, vamos apoiar a seleção nacional, a seleção de todos os portugueses, a seleção que veste a bandeira», sustentou. 

António Costa foi ainda mais longe em defesa deste princípio relacionado com o apoio incondicional à seleção nacional.

«Apoiamos no Qatar, em França, na Índia, na China, na Rússia. Apoiamos onde a seleção estiver. É a nossa seleção. E nós estamos sempre com a nossa seleção, porque a seleção veste a nossa bandeira», frisou. 

Lembre-se que esta sexta-feira, o Presidente da República assumiu que só iria ao Qatar se o Parlamento autorizasse. Os partidos Bloco de Esquerda e PAN, que têm assento parlamentar, já vieram a público pedir que Marcelo não se desloque ao país que organiza este Campeonato do Mundo enquanto o PSD e o PS garantiram que iriam aprovar essa deslocação de Marcelo Rebelo de Sousa.

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