Gonçalo Ramos: uma noite mágica que remete para Eusébio e Pelé

6 dez 2022, 23:22
Gonçalo Ramos festeja o 5-1 no Portugal-Suíça

Os registos do hat-trick do avançado português diante da Suíça

A Gonçalo Ramos, Fernando Santos não lhe pediu pouco: basicamente, o selecionador nacional pediu ao jovem avançado que se estreasse a titular pela Seleção Nacional num jogo a eliminar do Mundial 2022 e no lugar de Cristiano Ronaldo, o mais goleador de sempre da história de Portugal.

A resposta, diga-se, não podia ter sido melhor.

O futebolista do Benfica pegou na eventual pressão que podia sentir e transformou-a em três golos que ajudaram a equipa das quinas a golear a Suíça e a apurar-se para os quartos de final do Campeonato do Mundo.

O hat-trick, Gonçalo já não vai esquecer, até porque é um registo que fica, para já, nos livros dos Mundiais.

Desde logo, o jogador de 21 é o jogador mais jovem de sempre a fazer um hat-trick num Mundial desde 1962: nesse ano, Florian Albert, então com 20 primaveras cumpridas, fez três golos pela Hungria ante a Bulgária.

Ao lado de Eusébio e Pelé

Mas há mais, e registos que envolvem nomes de peso como... Eusébio e Pelé.

Ramos converteu-se no terceiro goleador mais jovem a marcar um hat-trick nas fases a eliminar de Mundiais, só atrás do alemão Edmund Conen (19 anos) e, lá está, de Pelé (17 anos).

Na história de Portugal, apenas um jogador havia marcado mais do que um golo num jogo a eliminar em Campeonatos do Mundo: um tal de Eusébio, quando marcou quatro golos à Coreia do Norte, em 66. Gonçalo juntou-se à lista.

Ainda na história portuguesa, além de Eusébio, só Cristiano Ronaldo (2018) e Pauleta (2002) haviam feito hat-tricks em Mundiais. Gonçalo também se juntou a esta festa.

Estes três golos do futebolista luso quebram ainda outro registo que perdurava desde 1990: Tomas Skuhrvy tinha sido o último a fazer tal proeza num jogo a eliminar em Campeonatos do Mundo, quando o fez ao serviço da Checoslováquia, diante da Costa Rica. Desde 2002, com o alemão Miroslav Klose, que um futebolista não festejava por três vezes na mesma partida na primeira participação no certame.

A assistência também conta

Mas a prestação de Gonçalo Ramos não se ficou pelos golos, já que o avançado assistiu Raphael Guerreiro para o quarto golo português.

Três golos e uma assistência num só jogo de ‘mata mata’ em ‘Copas’ do Mundo só tinha acontecido uma vez até esta noite: foi o italiano Angelo Schiavio, frente aos Estados Unidos, em 1934.

Relacionados

Patrocinados