Países Baixos e Argentina seguem para os quartos de final, conforme esperado. Durante os 180 minutos jogados este sábado, não houve lugar a surpresas. E isso, enfim, também sabe bem
A Arábia Saudita ganhou à Argentina e toda a gente (menos os argentinos) gostou. O Japão ganhou à Alemanha e à Espanha e toda a gente (menos os alemães) vibrou. O Irão ganhou ao País de Gales e toda a gente (menos os gauleses, e mesmo esses duvido) aplaudiu. Marrocos ganhou à Bélgica e, pronto, não é preciso massacrar mais os belgas, já percebemos que foi giro.
A fase de grupos deste Mundial trouxe-nos muitas surpresas – e foi bem bom. Reviravoltas, alguns heróis improváveis e aqueles inesquecíveis três minutos em que o Japão e a Costa Rica passavam aos oitavos de final e a Alemanha e a Espanha não. Mas acabou.
Agora, estamos no Mundial dos crescidos. As 16 melhores equipas (sendo simpática para a Austrália) chegaram à fase do “mata-mata”, mas há umas que conhecem melhor estas andanças.
Este sábado, os Estados Unidos bem mostraram o seu futebol solto, descomprometido e com vontade de cativar adeptos e a Austrália bem tentou manter-se organizada e não temer aquele número 10. Mas ambos perderam. Sem ter havido grandes dúvidas disso.
Os Países Baixos continuam a não ser a seleção mais entusiasmante da competição, mas estão cada vez mais sólidos e não permitem ao adversário grandes loucuras. A Argentina dá sempre a sensação de que podia fazer melhor, mas também não está aqui a brincar.
Dirão alguns que foi um sábado menos emocionante: os favoritos ganharam e os underdogs voltaram para casa, como toda a gente esperava. Dumfries fez duas assistências e um golo; Messi marcou no jogo 1000 da carreira. Não houve nenhum 7-0, mas também não houve grandes sustos (bem, talvez um ou outro argentino me desminta depois daqueles minutos finais).
Que me desculpe quem torceu pelos EUA e pela Austrália, mas o Mundial a sério precisa das equipas mais fortes. Se isto continua assim, vamos ter uns quartos de final mais interessantes. E, se alguma das favoritas ficar pelo caminho, também ninguém ficará chateado. Bem, menos os adeptos dessa seleção. Esses não vão achar piada nenhuma a isto.
