Infantino diz que Mundial no Qatar foi «o melhor de sempre»

16 dez 2022, 12:45
Gianni Infantino (FIFA)

Presidente da FIFA fez um balanço da competição, onde assistiu a «jogos incrivelmente competitivos, algumas surpresas e alguns grandes golos»

O presidente da FIFA, Gianni Infantino, fez um balanço do Mundial 2022, esta sexta-feira, na reunião do Conselho do organismo, que decorreu em Doha.

«Os elogios do Conselho da FIFA são unânimes para este Mundial e para o poder de coesão único que demonstrou. Obrigado a todos os envolvidos, ao Qatar e a todos os voluntários para fazerem deste o melhor Mundial de todos os tempos», começou por dizer o dirigente.

«O Mundial foi um sucesso incrível em todas as frentes», acrescentou.

Infantino destacou que o público pôde assistir a «jogos incrivelmente competitivos, algumas surpresas e alguns grandes golos». O líder da FIFA realçou ainda o tempo de compensação dado em cada partida, que permitiu, no seu entender, mais justiça dentro de campo.

Sobre a polémica da braçadeira colorida, o dirigente do organismo que tutela o futebol mundial salientou que «existem preocupações e culturas diferentes nos vários países» e a FIFA tem de «cuidar de todos».

«Não temos de discriminar ninguém, seja qual for o regime e os valores, eles têm de se unir. Quando se trata de regulamentos, não se trata de proibir, trata-se de respeitar os regulamentos. Todos são livres para expressar as suas crenças, desde que seja feito de maneira respeitadora. Mas quando se trata do campo, precisas de respeitar e proteger o futebol», frisou.

Já quando questionado sobre as mortes de trabalhadores migrantes na construção das infraestruturas no Qatar, lamentou as perdas.

«Cada pessoa que morre é uma pessoa a mais, é uma tragédia para a família e para todos. Os números que mencionaram são dois números diferentes. Quatro são pessoas que morreram na construção de estádios. Os 400/500 são pessoas que morreram na construção geral desde 2014. Quando falamos de números, temos de ser muito precisos para não criar impressões de algo que é outra coisa», refeiru.

«Temos de ficar atentos a como retratamos isto. Para nós, toda perda de vida é uma tragédia e o que pudemos fazer para mudar a legislação, para proteger a situação dos trabalhadores, fizemos e aconteceu. O que ainda podemos fazer no futuro, estamos a tratar», assegurou.

Por fim, Infantino destacou o impacto da realização do evento nesta região do globo.

«O que foi alcançado aqui no Médio Oriente foi único. Todos voltam para casa com boas lembranças e tenho a certeza de que voltarão. Só o Mundial pode fazer isto de uma forma tão massiva. Deve ser uma ambição e missão da FIFA organizar os seus eventos em novos países», vincou.

«Vou esperar até o final para julgar este Mundial, mas, para já, o legado transformador é que muitas pessoas de todo o mundo vieram ao Qatar e descobriram o mundo árabe, que não conheciam ou sabiam apenas pelo que lhes era retratado», concluiu.

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