Figura do dia: Antoine Griezmann, Lopes para os amigos

15 dez 2022, 00:29
Griezmann festeja um golo frente à Tunísia que viria a ser anulado

Melhor em campo na meia-final de França com Marrocos, avançado com sangue luso pode entrar no domingo numa galeria ao alcance de poucos

Apesar de ainda em branco neste Mundial, Antoine Griezmann leva três assistências e a presença de França na segunda final consecutiva deve-se, claro está, muito a Kylian Mbappé mas também a ele. No jogo dos quartos de final diante de Inglaterra assistiu nos dois golos e nesta quarta-feira, diante de Marrocos, foi eleito o melhor em campo, ele que aos 5 minutos ajudou a desbravar caminho para o 1-0.

Aos 31 anos, o Griezmann que se tem visto no Qatar aproxima-se das melhores versões que o tornaram num dos melhores jogadores dos últimos anos e que ainda não se tinha visto em 2022/23 no Atlético Madrid. Por culpa do momento da equipa e por não poder somar mais do que 30 minutos por jogo nos primeiros meses da época enquanto os colchoneros não se entendiam com o Barcelona para o regresso, em definitivo, à capital espanhola pouco mais de três anos após ter sido vendido por 120 milhões de euros

O futebol é o momento, diz-se, e que o diga Griezmann, que dentro de dias poderá figurar numa curta lista de franceses bicampeões mundiais e da qual não faz parte talvez o maior franceses de sempre: Zinédine Zidane, que falhou no encerramento da carreira em 2006.

A história de vida de Griezmann já é sobejamente conhecida, tal como as raízes lusitanas, que o Maisfutebol foi conhecer em 2015: é neto de Amaro da Cavada, antigo jogador do Paços de Ferreira na década de 50.

É ainda pai de três filhos (não gémeos) todos nascidos no mesmo dia: 8 de abril.

Homem de pontaria, mas também generoso a servir os companheiros, Griezmann fez toda a carreira em Espanha. Em 2005, com 14 anos, chegou à Real Sociedad proveniente dos franceses do Mâcon, e em 2009 teve as primeiras oportunidades da equipa basca, onde ficou até se transferir para o Atlético em 2014. Foi nessa altura que teve as primeiras internacionalizações, já com Didier Deschamps, que o levou ao Brasil depois de apenas quatro jogos pelos Bleus, todos em jogos particulares.

Foi com ele que França conheceu o fracasso do Euro 2016 em casa, mas foi também com ele que se reergueu a seguir, depois de anos de travessia no deserto após o fim da fantástica geração que atravessou o final da década de 90 e terminou com aquela cabeçada de Zidane a Materazzi e a derrota na final do Mundial 2006 com Itália.

Pode ler mais sobre Antoine Griezmann e os restantes 25 jogadores de França no Mundial 2022 no dossier dedicado à seleção gaulesa, um dos vários conteúdos publicados no âmbito da Guardian Experts’ Network, a rede de meios de comunicação que tem o Maisfutebol como representante português, para partilha de informação relativa ao Mundial 2022.

Relacionados

Mais Lidas

Patrocinados