Mourinho como nos bons velhos tempos: as melhores histórias do português

6 abr 2022, 09:25
Mourinho

A propósito do papel com a segunda pergunta da conferência de imprensa, que o treinador já trazia no bolso no último sábado, recordarmos os momentos mais geniais, divertidos e furiosos da carreira.

O último fim de semana trouxe-nos uma imagem do bom e velho Mourinho: o treinador que antecipa as perguntas dos jornalistas e brilha nas conferências  com tiradas geniais. Desde avançar o onze do adversário a apostar o salário com os jornalistas, o português era capaz de tudo e frequentemente aquelas conversas terminavam em gargalhadas.

Ora no último sábado, quando um jornalista do Corriere dello Sport lhe perguntou sobre Zaniolo, numa altura em que se fala do interesse da Juventus, Mourinho tirou do bolso um papel em que já tinha escrito que a segunda questão da conferência seria sobre Zaniolo, precisamente. E fez questão de entregar o papel ao jornalista, arrancando gargalhadas.

A propósito deste episódio, recordamos alguns dos melhores momentos de Mourinho na sala de imprensa. Venha daí por histórias hilariantes da carreira do português.

Muito mais do que um tradutor

José Mourinho começou a aparecer em frente às câmaras de televisão ainda ao lado de Bobby Robson, quando muita gente insistia em dizer que era o tradutor do treinador inglês. Mas as imagens mostram que era muito mais do que isso: era sobretudo um braço direito, que acabava as frases de Robson. Por vezes até lhe sussurrava o que o devia dizer.

Porque não gostava de Sabry (e muito mais)

A 11 de novembro de 2000, na primeira aventura como treinador principal, Mourinho mostrou logo de que fibra era feito. Sabry teve a infeliz ideia de dar uma entrevista a queixar-se do treinador e a resposta foi demolidora. Mourinho rebateu ponto por ponto todas as críticas e revelou até porque não gostava dele, incluindo os minutos que demorava a calçar-se.

Em condições normais e em condições anormais

José Mourinho conhecia perfeitamente a cidade do Porto e o balneário do FC Porto, pelo que soube como poucos ir buscar a força do clube para ser campeão. Começou a fazê-lo quando prometeu o título logo na apresentação, mas fê-lo sobretudo a 20 de fevereiro de 2003, após uma vitória por 6-1 sobre o Denizlispor para a Taça UEFA, a propósito de um castigo a Deco.

Não pensem que ele é arrogante, mas ele é o Special One

Era uma quarta-feira, dia 2 de junho de 2004: o dia em que José Mourinho começou a impressionar a imprensa inglesa. Na apresentação como novo treinador do Chelsea, em Stamford Bridge, o português falou durante mais de uma hora, respondeu a todas as perguntas, riu com as piadas e garantiu que era especial. Os ingleses não duvidaram dele.

O mau vinho da reconciliação

Em janeiro de 2005, a notícia em Inglaterra ainda era sobre a má relação de Mourinho com Alex Ferguson, depois da eliminação do Man. United aos pés do FC Porto no ano anterior e de algumas críticas. Nada mais errado, mostrou o tempo. Antes disso, Mourinho confessou até que partilharam uma garrafa de vinho, «muito mau», no fim de um empate para a Taça.

O asco que lhe deu um jogo da Liga dos Campeões

A 27 de abril de 2011, ainda na primeira época em Madrid, Mourinho apareceu na sala de imprensa após uma derrota em casa por 2-0 frente ao Barcelona, para a Liga dos Campeões, e disparou sobre toda gente: sobre o Barça, sobre a Unicef, sobre Angel Villar. Para o futuro deixou frases como «Porquê? Porquê?» ou «Dá-me asco», que se tornariam virais.

Duas folhas de citações para responder a jornalista

Em abril de 2013, a polémica era sobre a não titularidade de Casillas. Um jornalista da Onda Cero fez a pergunta que Mourinho esperava que ele fizesse, o português deu uma resposta épica: tirou duas folhas do bolso e lembrou ao jornalista declarações antigas nas quais ele dizia que um jogador não podia jogar por decreto e que não devia haver privilegiados.

O dia em que tivemos pena de Arsène Wenger

Ao longo da carreira, Mourinho foi colecionando inimizades: Jaime Pacheco, Claudio Ranieri e sobretudo Arséne Wenger, com quem travou duras lutas, e até alguns empurrões. Por isso, em fevereiro de 2014, na segunda passagem pelo Chelsea, quando o francês disse que Mourinho tinha medo de falhar, a resposta foi demolidora. «Ele é especialista em falhanços...»

«Anda cá e oferece bolos aos rapazes»

A 31 de março de 2018, após uma vitória por 2-0 em casa sobre o Swansea, Mourinho e Carlos Carvalhal encontraram-se na sala de imprensa e o treinador do Man. United foi patriota, como sempre é. «Este gajo vai ser o treinador do ano, porque o Swansea estava morto e ele vai salvá-lo», atirou para os jornalistas, enquanto trocava abraços com Carvalhal.

«Respect, respect»

José Mourinho cumpria os últimos tempos no Man. United quando, a 27 de agosto de 2018, num jogo da terceira jornada em Old Trafford, a equipa foi copiosamente derrotada por 3-0 pelo Tottenham. Os jornalistas foram implacáveis e o português não concordou, por achar que o Man. United tinha jogado bem. Por isso saiu da sala zangado e a exigir respeito.

Não, Mourinho não estava a ouvir

Em plena pandemia, após um empate em casa com o Bournemouth, Mourinho não estava com a melhor das disposições quando chegou à sala de imprensa para responder às perguntas numa conferência virtual. Ora por isso, e ao fim de dois minutos de problemas técnicos, quando lhe perguntaram se conseguia ouvir, Mourinho respondeu que não e saiu.

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