Piloto português fala num problema mecânico «quase inaceitável» que lhe custou a liderança na Taça do Mundo de Turismo
O piloto Tiago Monteiro considerou que o problema mecânico que sofreu no seu Honda Civic foi «estúpido e quase inaceitável», num incidente que lhe custou a liderança da Taça do Mundo de Carros de Turismo (WTCR).
O capô do carro soltou-se quando Tiago Monteiro era líder da segunda corrida da etapa portuguesa da categoria, no autódromo do Estoril, com o portuense a terminar em 18.º, a 1.02,081 minutos do húngaro e colega de equipa Attila Tassi, que acabou por vencer.
«É muito inglório um problema mecânico destes, tão estúpido e quase inaceitável, sinceramente. Não dá para culpar ninguém. São coisas que acontecem no desporto automóvel», disse Tiago Monteiro, em conferência de imprensa virtual após a prova.
A arrancar da segunda posição da grelha de partida, Tiago Monteiro beneficiou de um mau arranque do argentino e colega de equipa Esteban Guerrieri (Honda Civic), com a pole, para monopolizar a liderança desde o início, numa corrida a correr de feição ao português durante as primeiras voltas das quinze ao traçado do autódromo do Estoril.
«O meu colega de equipa não arrancou tão bem, teve um problema e facilitou-me a vida. A partir daí, era apenas concentrar-me em guiar bem e não cometer erros até final», recordou, tendo constatado que «as coisas estavam a correr demasiado bem».
Após o incidente com o capô, que o obrigou a ir às boxes, Tiago Monteiro concluiu a prova na 18.ª posição, fora dos pontos, numa situação que será «difícil de aceitar e engolir», mas recusou atirar a toalha ao chão na luta pelo campeonato mundial.
«O campeonato ainda é muito longo, não vou abandonar tão cedo. Hoje à noite, vai ser difícil de aceitar e de engolir esta frustração, mas amanhã é outro dia e vamos já concentrar-nos na próxima corrida”, apontou, agradecendo o apoio dos fãs, que lhe deram «a força de lutar pela vitória em Portugal», apesar do final ingrato para o piloto.
Contudo, Tiago Monteiro retirou aspetos positivos da etapa portuguesa, na qual também ficou «muito feliz» pelo colega húngaro Attila Tassi, de 22 anos, que se tornou no mais jovem piloto da história a vencer uma corrida desta categoria automobilística.
«O importante é que marcámos bons pontos, demonstrámos performance e também que vamos estar na luta, esperemos que até ao final. A partir de Aragão, o peso e o balanço da performance vão começar a entrar em jogo. Nos casos em que não tivermos hipóteses de ganhar, temos de marcar bons pontos», sublinhou o portuense.
Jean-Karl Vernay recuperou a liderança da geral, totalizando 61 pontos, seguindo-se Attila Tassi, o francês Yvan Muller e o uruguaio Santiago Urrutia, todos com 56, enquanto Tiago Monteiro e Esteban Guerrieri têm 52.
O campeonato prossegue no fim de semana de 10 e 11 de julho, no circuito espanhol de Aragão, para a terceira de oito etapas, tendo fim em 20 e 21 de novembro, em Macau.