França e Reino Unido investigam tragédia com migrantes no Canal da Mancha

25 nov 2021, 09:46
Franceses e britânicos em choque com maior tragédia migratória de sempre no Canal da Mancha

Pelo menos 27 pessoas morreram afogadas depois do barco onde seguiam ter naufragado

Um dia depois de 27 pessoas terem morrido afogadas quando tentavam atravessar o Canal da Mancha, França e Reino Unido procuram respostas para a tragédia. 

De acordo com a BBC, o presidente francês e o primeiro-ministro britânico têm diferentes pontos de vista sobre de quem é a culpa da tragédia e tentam agora encontrar uma forma para deter os migrantes de fazer a travessia marítima entre os dois países.

Numa conversa telefónica, Emmanuel Macron lembrou que os dois governos partilham da responsabilidade no acidente. Já Boris Johnson afirmou que o Reino Unido teve dificuldade em persuadir os franceses a lidar com o problema da maneira correta.

"Tivemos dificuldade em persuadir alguns dos nossos parceiros, principalmente os franceses, a fazer as coisas da maneira que achamos que a situação merece", afirmou Johnson na quarta-feira.

Mais ajuda a caminho

Numa altura em que as autoridades anunciaram que foi detido um quinto suspeito de traficar pessoas ligado ao naufrágio, a ministra do interior britânica, Priti Patel, afirmou que está em conversações com o homónimo francês, que considera que o Reino Unido, a Bélgica e a Alemanha têm de fazer mais para ajudar a travar o tráfico de migrantes. 
 
"É um problema internacional", afirmou Gerald Darmanin, ministro do interior francês. 

Esta quinta-feira de manhã, mais dois barcos com cerca de 40 pessoas, chegaram a Dover, no Reino Unido. 

O acidente de quarta-feira fez 27 mortos, mas as autoridades acreditam que possam existir mais vítimas, uma vez que relatos dão conta que a bordo do barco de borracha seguiam 24 pessoas. Apenas duas pessoas foram resgatadas com vida daquele que é o maior acidente no Canal da Mancha. Estão internadas em estado grave.

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