Covid-19: Governo revela que todas as restrições podem ser levantadas dentro de 5 semanas, e deixa um aviso

17 fev 2022, 13:44
Mariana Vieira da Silva. Foto: Miguel A. Lopes/Lusa

Portugal tem, atualmente, 63 mortes por milhão de habitantes, número que tem de ser reduzido em cerca de três vezes para que se possa passar a uma nova fase

A ministra da Presidência afirmou que todas as restrições de combate à covid-19 só podem ser levantadas quando o indicador de mortes descer para 20 mortes por milhão de habitantes. Questionada sobre uma data em que isso pode acontecer, Mariana Vieira da Silva frisou que a previsão dos peritos aponta para cinco semanas, sendo esse o horizonte em que pode acontecer o total alívio de todas as restrições.

"Continuaremos a avaliar quinzenalmente a evolução deste valor, mas a previsão que os peritos nos deram é de que podemos atingir este valor dentro de cinco semanas", acrescentou, numa conferência de imprensa em que foi anunciado um alívio de restrições.

"Temos hoje 63 mortes por milhão de habitantes a cada 14 dias, e a meta definida pelos peritos, que o Governo seguirá, é de poder apenas passar para o nível de não termos restrições quando atingirmos as 20 mortes a 14 dias por milhão de habitantes, indicador do qual estamos distantes", disse Mariana Vieira da Silva, referindo-se a um valor que, atualmente, é "ainda muito elevado".

Segundo a governante, o número de óbitos provocados pela covid-19 “é ainda muito elevado”, tendo-se registado 46 mortes na quarta-feira, sendo este o “indicador que ainda se encontra mais distante dos objetivos definidos” pelo Centro Europeu de Controle e Prevenção de Doenças (ECDC, na sigla original).

A ministra de Estado e da Presidência assinalou que o novo conjunto de medidas de alívio das restrições representa um novo passo para um regresso à vida normal dos cidadãos.

“Estamos perante mais um passo para o regresso a uma vida norma”, declarou, deixando, no entanto, logo a seguir, um aviso: “Mas este não é o momento para se dizer que a pandemia acabou. Continuamos perante o risco relativo ao aparecimento de novas variantes do vírus e há alguma incerteza sobre a longevidade da proteção conferida pelas vacinas” contra a covid-19.

Na conferência de imprensa para anunciar um novo levantamento de restrições, na sequência da reunião de quarta-feira com os especialistas no Infarmed, Mariana Vieira da Silva adiantou que o índice de transmissibilidade (Rt) está agora nos 0,76, “já claramente abaixo de 1 e em rota descendente”.

“Temos uma incidência acumulada a sete dias ainda elevada, mas em queda muito significativa de 1.302,7 [casos de infeção] por 100 mil habitantes a sete dias”, avançou a ministra.

Segundo disse, o número de internamentos também está “em queda”, face ao máximo registado na recente onda pandémica do início deste ano (2.560), mas também em relação ao recorde atingido no início de 2021 de 6.869 doentes internados.

“Relativamente à evolução do número de internamentos em unidades de cuidados intensivos, que eram de 142 doentes na quarta-feira, a ministra da Presidência adiantou que na onda pandémica recente não foi atingida a “linha vermelha” de 255 camas ocupadas.

*Notícia corrigida às 15:46, depois de clarificados os valores de referencial, que são todos por milhão de habitantes

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