Os números da sinistralidade em 2021: mais de 28.000 acidentes, 389 mortos, 2.093 feridos graves e quase 34.000 feridos ligeiros

Agência Lusa , BCE
14 jan 2022, 23:29
Acidente no IP6

Despistes estão na origem do maior número de vítimas mortais nas estradas portuguesas - 185 (48% do total) - e as colisões o maior número de feridos graves (920, 44% do total)

Os 28.868 acidentes rodoviários registados no ano passado causaram 389 mortos, 2.093 feridos graves e 33.812 feridos ligeiros, uma diminuição de todos os indicadores em relação a 2019, mas um aumento face a 2020, à exceção das vítimas mortais.

Estes dados provisórios globais constam do balanço do ano 2021 da sinistralidade e fiscalização rodoviária apresentados esta sexta-feira pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), que fez uma comparação com 2019, tendo em conta que 2020 foi um “ano atípico” devido à pandemia de covid-19.

“Por comparação com o ano 2019 são visíveis os progressos positivos ao nível de todos os indicadores, superiores à redução verificada no consumo de combustível rodoviários (menos 11%) e consequentemente à circulação rodoviária: menos 19% de acidentes com vítimas, menos 18% de vítimas mortais, menos 9% de feridos graves e menos 22% de feridos leves”, destaca o balanço da ANSR.

Comparativamente com 2020, a ANSR precisa que se verificou um aumento de 9% do número de acidentes com vítimas (mais 2.367), uma ligeira diminuição de 0,3% de mortos (menos uma), uma subida de 14% de feridos graves (mais 264) e também um aumento de 10% dos feridos ligeiros (mais 3.106).

Para a ANSR, estes resultados “são consequência, em grande medida, do facto do ano de 2020 ter sido um ano atípico, fortemente condicionado pelas restrições na mobilidade, e consequentemente com uma redução da circulação rodoviária, a qual teve um aumento em 2021, na mesma ordem de grandeza do aumento no consumo de combustível rodoviário: mais 5%”.

No entanto, também 2021 esteve condicionado pela pandemia e nos primeiros quatro meses do ano houve restrições nas deslocações, principalmente ao fim de semana, devido ao estado de emergência.

Os dados divulgados mostram também um reforço da tendência decrescente verificada ao nível das vítimas mortais e dos feridos ligeiros e uma estabilização dos feridos graves desde 2017.

Despistes na origem do maior número de mortes nas estradas

Segundo o balanço provisório, os despistes originaram no ano passado o maior número de vítimas mortais (185, 48% do total) e as colisões o maior número de feridos graves (920, 44% do total), enquanto os atropelamentos fizeram 47 vítimas mortais (12% do total), o que representou uma redução de 20% face ao ano anterior.

A ANSR avança que as maiores diminuições no número de vítimas mortais verificaram-se nos distritos de Portalegre (menos 67%), Guarda (menos 46%) e Castelo Branco (menos 36%) e os maiores aumentos registaram-se em Bragança (mais 180%), Braga (mais 54%) e Vila Real (mais 50%).

Quanto ao tipo de via, a maioria das vítimas ocorreu nos arruamentos, estradas municipais, estradas nacionais e regionais, tendo as autoestradas registado uma redução de 33% nas vítimas mortais (menos 16) e um aumento de 36% nos feridos graves (mais 40).

De acordo com a ANSR, os meses de julho, agosto e setembro foram os que registaram o maior número de vítimas mortais (144, 37%), sendo que o maior número de feridos graves se registou em agosto, setembro e outubro (670, 32%).

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