Primeiro-ministro diz que recebeu "em primeira mão" a notícia da morte
O primeiro-ministro e líder do PSD, Luís Montenegro, reagiu esta segunda-feira à morte de Francisco Pinto Balsemão, sublinhando o papel do fundador do PPD/PSD na consolidação da democracia portuguesa e na defesa dos valores da liberdade e da igualdade.
“Queria transmitir uma palavra de enorme solidariedade para com a família e dizer que foi com muita consternação que recebi, em primeira mão, a notícia”, afirmou Luís Montenegro, acrescentando que o partido teve a oportunidade de prestar - durante o Conselho Nacional do partido, que se realizava quando a notícia foi conhecida - “uma muito justa, merecida, calorosa e profunda homenagem àquele que é o símbolo da nossa fundação, dos nossos valores e do nosso percurso enquanto organização cívica e política”.
O chefe do Governo recordou que Francisco Pinto Balsemão, juntamente com Francisco Sá Carneiro e Magalhães Mota, foi um dos fundadores do então PPD, estruturando a matriz ideológica e os princípios programáticos que continuam a inspirar o partido. “A própria formalização e promoção da autonomia do poder local em 1976 tem muito também da participação do PPD.”
Montenegro descreveu Balsemão como “alguém sempre muito próximo, muito presente, até ao fim”, com “uma palavra amiga, de estima e de análise” em todos os momentos importantes do partido. “Nunca escondeu os seus pontos de vista e muitas vezes desafiava-nos a aprofundar a social-democracia à luz da situação do país, da Europa e do mundo”, destacou.
O primeiro-ministro elogiou ainda o percurso de Balsemão como “democrata” e “fundador da nossa democracia”, recordando o seu papel enquanto primeiro-ministro e defensor dos direitos fundamentais. “Exerceu a missão de liderar um Governo e de transformar a vida do país, afirmando princípios de valorização da vida democrática, do respeito pelos direitos fundamentais do cidadão e da igualdade de oportunidades”, afirmou.
Luís Montenegro confirmou também que o Governo pretende decretar luto nacional no dia em que se realizarem as cerimónias fúnebres. “A nossa predisposição, já transmitida a alguns membros do Governo, é decretar luto nacional nesse dia.”,
O primeiro-ministro recordou ainda o percurso de Francisco Pinto Balsemão enquanto jornalista e empresário da comunicação social. “Foi um lutador e um defensor intransigente da liberdade de informação, da missão de transmitir os acontecimentos e levá-los ao conhecimento do povo português.”
