"Zoonotic pox 2022", "ZAVIP" ou "LePox". OMS pede ajuda para encontrar novo nome para a monkeypox

17 ago 2022, 10:24
Monkeypox (GettyImages)

Propostas podem ser submetidas online. Objetivo é evitar o preconceito contra as pessoas infetadas e casos de maus-tratos contra os animais

A Organização Mundial da Saúde (OMS) está a pedir ajuda ao público para renomear a doença conhecida como varíola dos macacos ou monkeypox. O objetivo é evitar o preconceito contra as pessoas infetadas e casos de maus-tratos contra os animais.

De acordo com a CNN Brasil, neste país, há relatos de macacos que foram atacados por medo que transmitam a doença. 

Segundo a norma da OMS, os vírus, variantes e outras doenças devem receber nomes que não ofendam qualquer grupo cultural, social, nacional, regional, profissional ou étnico, para minimizar qualquer impacto negativo no comércio, viagens, turismo ou bem-estar animal. No entanto, quando a doença monkeypox recebeu o nome, em 1958, esta regra ainda não existia.

"A infeção humana pelo vírus monkeypox recebeu este nome antes das práticas atuais na nomeação de doenças. Queremos mesmo encontrar um nome que não cause estigma", afirmou a porta-voz da OMS, Fadela Chaib, aos jornalistas, em Genebra.

As propostas podem ser submetidas online, no site da OMS. Entre os nomes já sugeridos encontram-se "Zoonotic pox 2022", "ZAVIP (Zaire virus pox)", "Mammalia Pox", "Mapox" (significando que a infeção é encontrada no homem e no animal, que foi originalmente transmitida pelo animal - macaco - ao homem: "M" do inglês de homem e "A" para animal, daí "Mapox"), "Cretopox" (com o significado de infeção de criatura para criatura), "Ampox" (infeção de animal para humano) ou "LePox/Lesion Pox".

Como se escolhe o nome do vírus?

A nomeação das espécies de vírus é de responsabilidade do Comité Internacional de Taxonomia de Vírus. A 8 de agosto, a OMS convocou uma reunião com virologistas e especialistas em saúde pública para tentar chegar a um consenso sobre a nova terminologia para o vírus que surgiu na Dinamarca em 1958.

No entato, apesar de terem revisto a filogénese e nomenclatura das variantes e ramos do vírus e de terem discutido as características e evolução das variantes do vírus da varíola dos macacos, o grupo não chegou a um novo nome, mas sim a um consenso de que este precisa de uma nova nomenclatura.

Quanto às variantes, algumas foram renomeadas, como é o caso da encontrada na Bacia do Congo, África Central (Clade I) e a da África Ocidental, sendo que a da África do Sul foi dividida em duas (Clade IIa e Clade IIb).

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