Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas rejeita relação entre condições do navio Mondego e missão não cumprida ao largo da Madeira

Agência Lusa , CF
4 abr 2023, 18:12
Navio Mondego atracado no Porto Santo, Madeira (Lusa/ João Homem Gouveia)

José Nunes da Fonseca assegurou que a “fiscalização” e a “vigilância” da costa da Madeira em “nada foram afetadas” pela inoperacionalidade da embarcação: "Há outras formas de fazer vigilância que não apenas com o meio naval"

O chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), Nunes da Fonseca, rejeitou esta terça-feira uma “relação direta” entre as condições do navio Mondego e a missão não cumprida nas ilhas Selvagens devido à inoperacionalidade da embarcação.

“Ontem [segunda-feira] houve uma resposta do Estado-Maior da Armada e portanto a ilação poderá ser tirada relativamente àquilo que foi esclarecido em resultado das averiguações. Eu não diria que há uma relação direta entre uma missão não cumprida e o estado dos equipamentos”, afirmou em declarações aos jornalistas, após uma reunião com o presidente do Governo dos Açores, em Ponta Delgada.

O CEMGFA tinha sido questionado sobre se a situação do ‘Mondego’ foi causada por falta de planeamento ou devido ao estado dos equipamentos da Marinha.

Em 27 de março, o navio ‘Mondego’ perdeu subitamente dois geradores elétricos e dois motores de propulsão devido a baixos níveis de combustível, a caminho das Ilhas Selvagens, na Madeira, mas já está recuperado e “encontra-se operacional”, anunciou a Marinha na segunda-feira, de acordo com a Marinha.

De acordo com o ramo, o navio “esteve sempre seguro” e “encontra-se operacional”.

Esta terça-feira, José Nunes da Fonseca assegurou que a “fiscalização” e a “vigilância” da costa da Madeira em “nada foram afetadas” pela inoperacionalidade da embarcação.

 “[Foi] menos um meio para cumprir a missão, mas há outros meios empenhados: meios aéreos e meios eletrónicos, meios aéreos tripulados e não tripulados e meios eletromagnéticos. Há outras formas de fazer essa vigilância que não apenas com o meio naval”, salientou.

O navio ‘Mondego’ tem estado envolto em polémica depois de no passado dia 11 de março ter falhado uma missão de acompanhamento de um navio russo a norte da ilha de Porto Santo, no arquipélago da Madeira, após 13 militares terem recusado embarcar, alegando razões de segurança.

A Marinha participou o sucedido à Polícia Judiciária Militar (PJM), em Lisboa, no âmbito de inquérito criminal, tendo também instaurado processos disciplinares.

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