Ténis: Alcaraz bate Djokovic em três sets e conquista Wimbledon

14 jul, 16:39

Quarto título em torneios do Grand Slam, em quatro finais. Triunfo ao fim de duas horas e meia

Quatro finais em torneios do Grand Slam, quatro títulos!

Carlos Alcaraz (3.º do ranking ATP) venceu, este domingo, o torneio de Wimbledon, ao bater o sérvio Novak Djokovic (2.º), em três sets, ao final de duas horas e meia, no court central do All England Club, com os parciais de 6-2, 6-2 e 7-6 (7-4). Depois de dois sets iniciais mais desequilibrados a favor do espanhol, o terceiro foi mais disputado (durou quase tanto quanto os dois primeiros juntos) e Alcaraz voltou a ser herói na relva inglesa.

É caso para dizer que o número quatro tem algum simbolismo neste jogo: foi ao quarto «championship point» que confirmou o seu quarto título em torneios do Grand Slam.

D. Carlos Alcaraz, rei em Wimbledon, numa tarde em que a Princesa de Gales, Kate Middleton, fez a sua segunda aparição em público para entregar o troféu, desde que foi operada há seis meses.

O início da final fazia antecipar um longo e intenso duelo tal como na final de há um ano (ganha pelo espanhol em cinco sets, em 4h42m). Djokovic começou a servir, houve sete igualdades e, ao 5.º ponto de «break» de que dispôs e ao fim de 14 minutos, Carlos Alcaraz quebrou o serviço ao sérvio e ganhou vantagem no primeiro parcial. O espanhol confirmou depois o «break» no seu serviço com o 2-0 e encaminhou ainda mais o êxito no 1.º set ao fazer novo «break» para o 4-1: Djokovic cedeu, com uma dupla falta. Depois, Alcaraz cumpriu nos seus dois jogos de serviço seguintes (ainda salvou um ponto de «break» antes do 5-1) e fecharia o parcial em 6-2, ao fim de 41 minutos - quase um terço do tempo para o tal longo jogo de serviço inicial, portanto.

Um set que se adivinhava bem mais longo não o foi e o segundo durou ainda menos, com grandes semelhanças ao primeiro parcial: 35 minutos e novo 6-2 para Alcaraz.

Tal como no 1.º set, Djokovic viu Alcaraz quebrar-lhe o serviço logo a abrir e o espanhol confirmou o «break» a seguir com o 2-0. O sérvio até deu depois sinais de alguma melhoria ao reduzir para 3-2 com um jogo de serviço em branco, mas sofreria o segundo «break» do set para Alcaraz fazer o 5-2... da mesma forma como sofreu a quebra no 1.º set: com nova dupla falta, imediatamente a seguir a ter deixado um vólei na rede. Como até então, Alcaraz não desperdiçou a servir e fechou o segundo parcial.

- Alcaraz-Djokovic: o filme da final de Wimbledon

Porém, houve duas sem três a abrir o 3.º set. Djokovic, desta feita, não deixou fugir o seu jogo de serviço e ganhou uma inédita vantagem até então num parcial. Mostrou já, por essa altura, sinais de melhoria para equilibrar a final. Exemplo disso foi a melhor resposta ao serviço de Alcaraz e a resiliência para, por exemplo, fazer o 2-1 no set, depois de salvar quatro pontos de «break» no seu serviço.

Ninguém desarmava no serviço e o sérvio, em desvantagem, foi sendo mais apoiado pelo público – claramente a pedir um maior equilíbrio na final. Isso sentiu-se especialmente quando teve um ponto de «break» para o 4-2, mas Alcaraz salvou e fez o 3-3.

O desatar do nó parecia dar-se quando o espanhol quebrou o serviço de Djokovic para o 5-4 e quando dispôs de três «championship points» no seu serviço: porém, Alcaraz, com um 40-0 para fechar o set, perdeu cinco pontos consecutivos com alguns erros à mistura e Djokovic fez o 5-5. Ambos não vaciliaram nos respetivos jogos de serviço seguintes e Alcaraz acabou, depois, por ser mais forte no «tiebreak» (7-4), num parcial que durou uma hora e 14 minutos.

Alcaraz já tinha ganho as três finais anteriores no Grand Slam: US Open a Casper Ruud (2022), Wimbledon a Novak Djokovic (2023) e Roland Garros a Alexander Zverev (2024). O espanhol é o nono jogador da história a defender o título em Wimbledon e consegue, pela primeira vez na mesma época, vencer dois majors.

Djokovic, que procurava o 8.º título à sua 10.ª final em Wimbledon, sai como um (mais do que digno) vencido. Alcaraz levou a melhor pelo segundo ano seguido, é um campeão e Djokovic - que há pouco mais de um mês foi operado ao joelho direito - também o é. Foi a 37.ª final do sérvio em torneios do Grand Slam, a 13.ª perdida, entre o recorde de 24 êxitos que lhe pertence.

Aos 21 anos, Alcaraz torna-se apenas o sexto jogador na Era Open a vencer Roland Garros e Wimbledon no mesmo ano: junta-se a Rod Laver, Bjorn Borg, Rafael Nadal, Roger Federer e Novak Djokovic.

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