Tragédia em piscina de Maputo: construtores portugueses defendem obra

23 fev 2016, 19:20
Os Mundiais de natação em imagens (EPA)

Consórcio garante que construção onde morreu o selecionador moçambicano de natação respeitava normas

O consórcio das construtoras portuguesas Soares da Costa e Mota Engil assegura em comunicado que foram respeitadas as normas na obra de uma piscina nos arredores de Maputo, onde no sábado o selecionador de natação de Moçambique morreu, na sequência da queda de um muro.

O acidente aconteceu nas piscinas do Complexo Olímpico do Zimpeto, construídas por ocasião dos Jogos Africanos Maputo-2011, e além da morte do selecionador moçambicano, Frederico dos Santos, provocou ferimentos em mais dez pessoas.

«Importará referir que a obra cumpre integralmente o projeto de execução, tendo sido fiscalizada por entidade independente nomeada pelo dono de obra e acompanhada diariamente por esta, desde o seu início até à data da sua entrega definitiva», defende o consórcio em comunicado enviado à Lusa, acrescentando que tem «naturalmente, e desde a primeira hora, colaborado com a comissão de inquérito e restantes autoridades, prestando todos os esclarecimentos e toda a informação solicitada».

O jornal O País cita uma fonte do consórcio a indicar que a obra tinha garantia de um ano, mas esta informação é omissa no comunicado.

A queda do muro, que aconteceu depois de fortes ventos e chuvas intensas que se abateram sobre Maputo no sábado, feriu a mulher e três filhos de Frederico Santos e o nadador dos Tubarões de Maputo Denilson da Costa, cujas ambições de alcançar mínimos olímpicos foram goradas, por ter fraturado a clavícula.

As autoridades moçambicanas criaram uma comissão de inquérito para investigar o que se passou, liderada pelo Ministério da Juventude e Desportos e que integra também os ministérios das Obras Públicas, da Saúde e do Trabalho, além do governo municipal de Maputo e Laboratório de Engenharia Civil de Moçambique.

Patrocinados