Condenação de Mathieu Van der Poel por agredir adolescentes é anulada

13 dez 2022, 12:55
Mathieu van der Poel

Caso remonta a setembro último, na Austrália, durante os Mundiais de Wollongong

Foi anulada, esta terça-feira, numa audiência de recurso, a condenação do ciclista neerlandês Mathieu van der Poel por agressão a duas adolescentes, em setembro, num hotel nos arredores de Sydney, na Austrália, anunciou a cadeia pública daquele país, a ABC.

Van der Poel foi detido horas antes de disputar a prova de fundo dos Mundiais de Wollongong, devido a uma altercação com duas adolescentes no hotel onde estava instalado.

A 26 de setembro, Van der Poel declarou-se culpado e foi condenado a pagar duas multas - uma de mil e outra de 500 dólares australianos, um total de 1.010 euros - numa decisão que foi agora anulada por um tribunal de Sydney, revelou o advogado do corredor, Michael Bowe, à ABC.

«Houve uma pequena discussão. Quis deitar-me cedo ontem à noite, mas havia muitos miúdos no corredor do hotel, que não paravam de bater à minha porta. A dada altura, fartei-me. Pedi-lhes, de forma muito simpática, que parassem. Foi então que a polícia foi chamada e me levou», contou o corredor neerlandês aos jornalistas, a 25 de setembro, antes do início da prova de fundo dos Mundiais, da qual viria a desistir cerca de 30 quilómetros depois do arranque. Dois dias depois, no regresso aos Países Baixos, Van der Poel negara as agressões, falando em «duas versões» da história.

Libertado sob caução, Van der Poel ainda alinhou na prova de fundo, conquistada pelo belga Remco Evenepoel, mas acabou por desistir, por estar «mentalmente destruído», segundo o manager da Alpecin-Fenix, Christoph Roodhooft.

Hoje, de acordo com o diário Daily Telegraph, o juiz Ian Bourke, do tribunal de Sydney, entendeu que, apesar de as ações de Van der Poel poderem ter sido «perturbadoras» para as jovens, resultaram «de uma conduta irritante e invasiva», que escalou para «um grau significativo de provocação».

À ABC, o advogado do ciclista, Michael Bowe, considerou a anulação da condenação «um excelente resultado».

Em lugar do pagamento das multas, Van der Poel ficará em liberdade condicional durante 12 meses, durante os quais não deve cometer qualquer infração, detalhou ainda a ABC.

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