Brasil atravessa crise económica profunda, mas presidente da cidade organizadora dos Jogos Olímpicos garante que evento não será afetado
O presidente da câmara do Rio de Janeiro garantiu que a recessão económica de afeta o Brasil não vai ter repercussões negativas na organização dos Jogos Olímpicos de 2016.«Temos dinheiro suficiente para assegurar que tudo decorrerá como o previsto e evitar perturbações”, disse o autarca Eduardo Paes durante a apresentação do pavilhão «Carioca Arena», que vai receber o basquetebol.
Ao contrário do que se verificava em 2009, quando a organização dos Jogos de 2016 foi atribuída ao Rio de Janeiro, o Brasil atravessa uma profunda recessão marcada por uma inflação galopante. De acordo com o Fundo Monetário Internacional, a economia do país vai encolher 2,6 por cento este ano.
Apesar de garantir que há dinheiro suficiente para garantir a conclusão de todos os projetos, Eduardo Paes não descartou a possibilidade de recorrer a cortes orçamentais. «Não somos a China nem a Inglaterra. Não somos um país rico. Onde podermos cortar, cortaremos», acrescentou.
Eduardo Paes referiu ainda que uma significativa fatia de 60 por cento do orçamento total, estimado em 10 mil milhões de reais (cerca de 2,2 mil milhões de euros) será financiada por instituições privadas, numa altura em que nas ruas se sucedem manifestações contra investimentos públicos desmesurados, como os do Mundial de Futebol de 2014.
